Saúde

Família Que Acolhe: Profissionais da saúde encerram ciclo de capacitações com foco no pré-natal e pós-parto

O objetivo foi sensibilizar os profissionais e melhorar o acolhimento de mãe e filho, como fatores de promoção do desenvolvimento da primeira infância – fase que vai da gestação ao seis anos de idade.

Por SEMUC

16/05/2016

Médicos, enfermeiros, técnicos, agentes comunitários e gestores da saúde municipal participaram, nesta sexta-feira, 13, do encerramento da etapa de qualificações voltadas à atenção ao pré-natal e pós-parto, do Projeto de Mobilização da Rede da Primeira Infância do programa Família Que Acolhe.

O objetivo foi sensibilizar os profissionais e melhorar o acolhimento de mãe e filho, como fatores de promoção do desenvolvimento da primeira infância – fase que vai da gestação ao seis anos de idade.

As capacitações iniciaram em novembro de 2015. Durante os encontros, foram tratadas formas de melhorar as estratégias de assistência às gestantes e bebês por meio da atualização de métodos, diagnósticos e intervenções. O atendimento prestado às mulheres durante e depois da gravidez também foi avaliado por meio de questionários respondidos pelos profissionais de saúde.
As informações serviram de base para a matriz de diagnóstico, que levantou as dificuldades e potencialidades dos serviços oferecidos pela saúde municipal a esse público na macroarea 6. Composta por 13 bairros da zona Oeste de Boa Vista, essa região concentra cerca de 30% da população da capital.
Para o médico obstetra Francisco Lázaro Pereira, consultor do projeto de desenvolvimento da primeira infância do FQA, a intenção é melhorar o acolhimento da mulher e do bebê durante a gestação e no pós-parto e também dos indicadores de saúde, como: taxas de mortalidade infantil, materna, partos normais, cesáreas, nascimentos prematuros entre outros.
“As questões obstétricas são muito importantes para o bom desenvolvimento fetal e, consequentemente, um recém-nascido saudável. Com a sensibilização dos profissionais, a gente espera a curto prazo, uma melhora no atendimento, uma interação maior entre as famílias e os profissionais e um olhar mais atencioso à mulher nesse momento especial da vida. A médio e longo prazo, com base nas qualificações e na matriz diagnóstica, a intenção é avaliar indicadores que apontem no sentido de melhorar a saúde materna e infantil”, explicou.
Agente Comunitária de Saúde há dez anos, Selma Lisboa Borges é responsável por acompanhar 150 famílias do bairro Bela Vista. Ela contou que as qualificações com foco na primeira infância melhoraram suas abordagens. “Antes, eu chegava nas casas, marcava as consultas e finalizava meu trabalho. Hoje, eu converso com as mulheres e os maridos sobre os cuidados durante a gestação, a preparação para o parto e para depois do nascimento do bebê e até a relação da família com a criança”, ressaltou.
De acordo com o secretário municipal de Saúde, Rodrigo Jucá, já são observadas mudanças no comportamento dos profissionais e no atendimento pré-natal e pós-parto das mulheres, realizado na rede municipal de saúde. “Todos os nossos profissionais demonstraram hoje como essas qualificações trouxeram uma nova visão para eles, uma nova forma de trabalhar, que ajudaram no serviço prestado à população. Isso é muito importante. O Família Que Acolhe é um programa que prevê capacitações constantes e a gente sabe que as atividades de saúde precisam disso. Saúde é uma atividade muito técnica, então, se você não tiver atualizações constantes, você fica defasado”, concluiu.