Boa Vista é uma cidade com muitos servidores públicos. De acordo com o último levantamento do IBGE, somente na capital são cerca de 20 mil estatutários, entre municipais, estaduais e federais. A Prefeitura de Boa Vista tem hoje cerca de 9 mil servidores, destes, em torno de 6,2 mil são efetivos. Os demais são de vínculos comissionados e seletivados.
Por meio de concursos, nos três últimos anos da gestão da prefeita Teresa Surita, mais de 3 mil novos servidores tiveram a oportunidade de adquirir uma estabilidade financeira. Muitas famílias da capital ganharam com isso. Na Educação Municipal foram quase dois mil servidores entre professores, assistentes de alunos e cuidadores. Na Saúde, entraram aproximadamente 960 novos funcionários públicos. Do concurso realizado em 2014 para a Guarda Civil Municipal já entraram em ação 80 novos guardas.
Dados do Perfil dos Estados e Municípios Brasileiros 2014, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografias e Estatísticas (IBGE) em agosto deste ano, apontaram que Roraima está entre as cinco Unidades Federativas com maior número de servidores em relação à população. O número de 24,1 mil funcionários públicos corresponde a 4,9% dos 496, 936 da população estimada do estado, conforme Censo IBGE de 2014.
Para a prefeita Teresa Surita, os servidores são tão importantes quanto a função de um prefeito. “A minha equipe é formada por nove mil servidores, nove mil pessoas que eu admiro porque saem de casa todos os dias para trabalhar pela cidade. E eu valorizo isso. Seja da construção civil, dos postos de saúde, das escolas. São os servidores que fazem essa grande empresa que é a prefeitura engrenar e desenvolver a cidade”, destacou.
Salários dos servidores em dia garantem segurança ao comércio local
Conforme a Secretaria Municipal de Finanças, a prefeitura injeta mensalmente na economia do município em torno de R$ 10,5 milhões na folha de pagamento de servidores, sem contar os valores exclusivos das Folhas da Saúde e Gestão Social. Em meio a crise econômica a qual o Brasil está enfrentando, o funcionalismo público traz um efeito positivo, porque aquece, impulsiona e traz segurança ao mercado local, é o que diz o professor de economia, Dorcílio Erik.
“Roraima apresenta características atípicas diferenciadas em relação a outros estados da federação. Aqui temos uma forte influência do setor público na economia pelo elevado número de servidores estaduais e municipais que fomentam a economia de um modo geral e que garante uma estabilidade de consumo para os comerciantes”, frisou.
Dorcílio destacou que a iniciativa de pagar os salários em dia, como faz a prefeitura, proporciona um planejamento por parte dos empresários. “Isso permite ao comerciante planejar as suas contas para o início de cada mês porque, geralmente, o pagamento dos servidores municipais coincide com vencimento de faturas de fornecedores, isso aquece as vendas, cria uma estabilidade de demanda, propiciando o faturamento necessário para os comerciantes cumprirem seus compromissos”, ressaltou.
Amar Boa Vista é valorizar o servidor que atenderá a população
Mônica Brasil, 33 anos, ingressou no serviço público em 2005, na primeira turma de mulheres da Guarda Civil Municipal. Para ela, o lema da corporação é servir e proteger. Isso ela faz com gosto. M Brasil, nome de guerra, foi a primeira mulher da Guarda a fazer o curso de Choque no Bope e a primeira a fazer o curso de operações especiais.
Em julho deste ano, foi a primeira mulher do Brasil a participar do curso de Patrulhamento Preventivo Municipal Especializado na cidade de São Lourenço, no estado de São Paulo. Lá ela se classificou em 2º lugar na colocação geral. O que a tem levado para longe é a dedicação de 11 anos em servir e proteger o cidadão boa-vistense.
“Fazer parte da segurança pública é mais que multar, patrulhar, combater o crime, correr quando necessário, ou ficar na linha de frente de uma ocorrência. É também saber que a nossa presença reflete segurança, proteção, respeito carinho e admiração dos pequenos, bem como, dos cidadãos de bem, que buscam qualidade de vida e bem-estar em nossas praças”, fraseou M Brasil.