Aprender ou desenvolver uma segunda língua na infância pode trazer inúmeros benefícios as crianças. Nesta fase, elas têm maior facilidade em adquirir novos conhecimentos. É o que acreditam as professoras Dras Cristiane Soares e Gabrielle Oliveira, da Universidade de Havard, nos Estados Unidos, convidadas a palestrar na 11ª edição da Semana Pedagógica em Boa Vista.
A pesquisadora Cristiane Soares destacou os benefícios neurocognitivos do bilinguismo na educação. “As relações dos professores com os alunos e dos alunos com os colegas na sala de aula são importantes para trabalhar a educação bilíngue, além de beneficiar toda a sociedade. Logo, eles terão um bom desempenho escolar, mais possibilidades no mercado de trabalho e se tornarão cidadãos responsáveis no futuro”, explicou.
Em sua quarta visita a Boa Vista, a professora Gabrielle Oliveira, se dedica a estudar a educação bilíngue e as demandas educacionais que acontecem mediante fluxo migratório. Ela apresentou desafios que podem ser encontrados durante esse percurso e citou aspectos que ajudam no processo de aprendizagem das crianças.
“É com os professores na sala de aula que a mágica acontece. O trabalho deles é essencial para entendermos esse processo de forma ampla. Muitos professores já estão trabalhando essa questão e vendo os resultados positivos nas escolas. Apesar de uma segunda língua na infância ser algo muito benéfico, desafios são encontrados nesse processo também. Estamos aqui para ajudá-los”, contou.
Além das professoras convidadas, outros palestrantes locais e nacionais também abordaram temas como a aprendizagem socioemocional durante a programação. De acordo com Karolina Sodré, professora da Escola Municipal Hilda Franco de Sousa, as palestras são fundamentais para o fortalecimento pedagógico das atividades aplicadas em sala de aula, permitindo a efetiva integração e aprendizado de todos os alunos.
“É um momento de muito aprendizado, pois nós como profissionais, às vezes, enfrentamos dificuldade em conduzir certas situações por conta da língua. Aqui estamos aprendendo a lidar e integrar de fato todas as crianças, aplicando técnicas que usamos no dia a dia e outras que ainda não eram do nosso conhecimento”, disse.