Boa Vista sediou nesta quinta-feira, 4, o lançamento da “Rota Ilha das Guianas” do projeto Rotas de Integração e Desenvolvimento Sul-Americano, do Governo Federal. Em sessão plenária na Secretaria Municipal de Segurança Urbana e Trânsito (SMST), o evento contou com a participação do prefeito Arthur Henrique, da ministra de Estado do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, além de parlamentares, representante da Guiana, entre outras autoridades.
A Rota Ilha das Guianas é uma das cinco rotas de Integração Sul-Americana, projeto liderado pelo Ministério do Planejamento e Orçamento que vai trazer desenvolvimento em infraestrutura rodoviária, energética e digital para Roraima. São obras com potencial para incentivar exportações e importações articuladas com a Guiana, Guiana Francesa, Suriname e Venezuela.
Roraima deve receber dez obras do novo Plano de Aceleração do Crescimento (PAC). De acordo com o prefeito Arthur Henrique, o projeto em desenvolvimento no estado é viável e vai contribuir com o desenvolvimento econômico da região.
“Esse projeto busca garantir a infraestrutura necessária para a integração da região norte do país, especificamente Roraima, aos nossos países vizinhos, como Guiana, que vem vivendo um momento de expansão econômica nos últimos anos. A ministra traz fontes de financiamentos que já estão garantidas, ou seja, a Rota Ilha das Guianas está sendo apresentada com ações concretas”, disse.
Obras para Roraima
Dentre os projetos de integração previstos para serem implantados em Roraima, destacam-se a manutenção da BR-174, obras do Linhão de Tucuruí para encerrar o isolamento elétrico e, consequentemente, dar fim aos constantes blecautes. A conexão do estado por fibra óptica, com o projeto de infovia e construção de nova rodovia Linden-Lethem fazem parte das obras anunciadas para o estado.
Além da Rota Ilha das Guianas, o governo federal indicou a Multimodal Manta-Manaus, contemplando inteiramente o estado do Amazonas e partes dos territórios de Roraima, Pará e Amapá, interligada por via fluvial à Colômbia, Peru e Equador. Para a ministra Simone Tebet, as obras de infraestruturas executadas no país ao longo dos anos serão o ponto de partida para o desenvolvimento da economia.
“O meio de integrarmos a América do Sul são as obras de infraestrutura. Mas muita coisa virá a partir disso porque quando a gente tem estrada, rodovia, porto, aeroporto, a iniciativa privada vem. Nos próximos três anos vamos voltar aqui e encontrar outra realidade. O Brasil, pela importância que tem geopolítica e geoeconômica da América do Sul, sempre foi chamado para ser conciliador [no subcontinente]”, contou.
Integração Sul-Americana
Com cinco rotas que devem integrar o Brasil aos países sul-americanos, o projeto contempla 11 estados brasileiros que possuem fronteira internacional para incentivar e reforçar o comércio, além de reduzir custos com transporte de mercadorias. Os trabalhos do Subcomitê são apoiados em evidências e integrados com a estratégia nacional de longo prazo, o Plano Plurianual e os Planos Regionais de Desenvolvimento.