Transporte Urbano

90% da frota de ônibus municipal possui acessibilidade

As frotas que atendem aos bairros Sílvio Botelho e Centenário são as que mais recebem pessoas com deficiência física.

Por SEMUC

29/04/2015

De segunda à sexta-feira, 29 mil passageiros contam com a disponibilidade de 70 ônibus para as necessidades diárias de locomoção, além dos cinco de reserva que são acionados em casos de urgência. Desses 75 veículos, 90% possuem acessibilidade, ou seja, um elevador para receber cadeirantes e um espaço específico para eles.

As frotas que atendem aos bairros Sílvio Botelho e Centenário são as que mais recebem pessoas com deficiência física. “Há alguns anos nem tinha o elevadorzinho nos ônibus, mas agora eu faço é questão de usar. Algumas pessoas me olham torto, mas eu não ligo. Sinto que há mais atenção para a gente, agora”, comentou Narayana Moura, jornalista de 25 anos, que anda com ajuda de muletas.
A diretora de Mobilidade Urbana do município, Veronice Romão, lembrou que os 10% da frota que não possuem adaptação circulam fora dos horários de pico. “Só no bairro Senador Hélio Campos são feitas 215 viagens ao Centro, todos os dias. Com mais número de ônibus, aumentamos o número de linhas e pessoas atendidas”.
“Como eu tenho a saúde fraca, os motoristas e cobradores muitas vezes me deixam descer pela frente. Sempre facilitam minha vida, e também quando tem alguém sentado na vaga que é do meu direito, eles sempre se levantam e me deixam sentar, sem eu nem precisar pedir. Não tenho do que me queixar”, afirmou a aposentada Nelin Gonçalves, de 65 anos.
Mais avanços: Em 2013, Boa Vista tinha à disposição 60 ônibus, com idade média de 12 anos, que faziam apenas 10 linhas – ou seja, rotas. Apenas 40% dessa frota tinha acessibilidade. Hoje em dia, além da frota ter 75 veículos, 12 são zero e 10 são seminovos. Agora, com a média de idade dos ônibus sendo de seis anos, são oferecidas 17 linhas.
Além disso, 40 mil pessoas utilizam os táxis lotação durante a semana. Vale lembrar que esse meio de transporte alternativo só existe em Boa Vista, sendo um destaque na mobilidade urbana da cidade. Outra questão que avançou foi a criação de um espaço para a Guarda Municipal no Terminal José Campanha Wanderley, onde é oferecida ajuda aos munícipes durante todo horário de funcionamento da frota.
“Muitas vezes chegam pessoas aqui dizendo que foram assaltadas. Imediatamente acionamos a patrulha e, na maioria dos casos, prendemos o infrator. Outra ocorrência comum eram as brigas entre estudantes, mas elas diminuíram desde que nos instalamos aqui – nunca mais presenciamos nenhuma”, observou o guarda Jonata Bezerra.
Vistorias constantes: A Empresa Municipal de Desenvolvimento Urbano e Habitacional (Emhur) possui um sistema de controle para fiscalizar os veículos que pertencem à frota da capital. Os ônibus, por exemplo, são vistoriados a cada seis meses pela fiscalização do órgão e a cada denúncia feita. Constatada irregularidade, a demanda é enviada à empresa prestadora de serviço.
Com relação aos lotações, é proibido o uso de insulfilme nos veículos. Por isso, eles são fotografados de diversos ângulos antes de entrar em circulação. Essa vistoria é anual e também é feita em caso de denúncia de passageiro. Acionada, a Emhur verifica se há outros problemas no transporte, tais como más condições na estrutura, cobrança de dupla passagem, alta velocidade, entre outros.
A Emhur também deixa agentes de fiscalização de transportes no terminal José Campanha para garantir que a população tenha onde fazer queixas de irregularidades nos transportes. “São aproximadamente 40 denúncias com relação à lotação todos os meses, e apenas duas de ônibus no mesmo período”, garantiu o fiscal Yanis Maia, que atua na empresa há 9 anos.
“Em ambos os casos – ônibus e lotações – é importante que o cidadão anote o número do veículo. Dessa forma, a denúncia é analisada mais rápido”, orientou Veronice. As reclamações, sugestões e observações podem ser feitas no Terminal José Campanha Wanderley, pela Central 156 e na própria Emhur.