Ilha de Maracá: Adolescentes do Dedo Verde visitam a terceira maior ilha fluvial do planeta

Na estação, os integrantes do Dedo Verde foram recepcionados pela Cigana, ave símbolo da estação, também por jacarés, macacos e uma imensidão de floresta. Foi nesse cenário, entre os municípios de Alto Alegre e Amajari, a 135 km de Boa Vista, que os adolescentes ficaram encantados com a natureza.

“A experiência foi única pra mim, nunca havia entrado em uma floresta. A maioria dos animais conheci pela primeira vez também. O que vimos aqui não é pra qualquer um, foi muito conhecimento adquirido”, revelou a integrante do programa, Rosilene Fernandes, de 16 anos.

Com as temáticas, educação ambiental, histórico e seus conceitos, biodiversidade e recursos hídricos de Roraima, papel do educador ambiental e resíduos sólidos, o intuito da capacitação é promover uma visão global de conservação nos adolescentes e torná-los, acima de tudo, multiplicadores ambientais.

“Pude observar nos olhos de cada adolescente o deslumbre do desconhecido. É um projeto educacional muito bom, pois são eles que vão reproduzir todas as informações de conservação aos amigos e familiares”, afirmou o analista ambiental da Estação Ecológica de Maracá, Marcelo Carvalho, que acompanhou a visita.

O curso tem a carga horária de 40 horas, ministrado pelo assessor socioambiental da Secretaria Municipal de Gestão Social, Luis Felipe Gonçalves, que é mestre em recursos naturais. As aulas são feitas na sede do Dedo Verde, localizado no Horto Municipal, no Parque Anauá, nas terças, quintas e sextas-feiras, das 8h30 às 10h30.

“Seria inconveniente ministrar um curso sobre multiplicação em educação ambiental sem mostrar as riquezas da fauna e flora que temos em nosso estado. Pois o essencial é conhecer para cuidar. E nesses dois dias os adolescentes foram bombardeados de conhecimento, o melhor ainda é que a participação deles foi notória, tanto nas palestras quanto nas atividades em campo”, comentou Luis Felipe.

O integrante do programa, Eleanderson Morais, de 16 anos de idade, disse que se sentiu honrado em visitar um ambiente com tanta biodiversidade. “Além de aprender a importância da conservação do meio ambiente, foi uma honra conhecer a estação. Nunca tinha visto tantos animais em um só lugar. O mais marcante foi avistar a ave chamada cigana”, disse.

A coordenadora do Programa Dedo Verde, Karuliny Maia, ressaltou o prazer em levar os participantes do programa em uma estação que abriga mais de 2,5 mil espécies em fauna e mais de 450 mil em flora. “A visita a Ilha de Maracá ultrapassou nossas expectativas quanto educadores. Foi uma oportunidade para os adolescentes identificarem na prática o que aprenderam no curso. Além da mensagem social que podemos vivenciar, incentivando as habilidades, aptidões e estimulando a interação entre os participantes do programa”, disse