Educação

Uso de tablets em sala de aula melhora aprendizado de leitura nas escolas municipais

Já foram registrados cerca 40 mil acessos, e o nível de aproveitamento e acertos das atividades realizadas já ultrapassa 70%.

Por SEMUC

24/07/2015

Há quase dois meses, os alunos do 1º ano do ensino fundamental vivem novas experiências com o uso dos tablets em sala de aula. Mais de 4 mil alunos de 47 escolas municipais foram inseridos nesta nova forma de aprendizagem por meio da tecnologia educativa. Todos os dias da semana, é reservado meia hora para utilização do equipamento. Cada escola tem sua rotina e o horário é adequado conforme disponibilidade de cada turma. Somente nesse período, já foram registrados cerca 40 mil acessos, e o nível de aproveitamento e acertos das atividades realizadas  já ultrapassa 70%.

O recurso tecnológico desenvolvido pelo Instituto Alfa e Beto chama-se Galáxia Alfa. Ele é exclusivo para alfabetizar crianças. Foram quase 3 mil tablets entregues às escolas no mês de maio, o que beneficiou 193 turmas do 1º ano. O Software ensina as letras, a ordem alfabética, os fonemas e desenvolve habilidades de consciência fonêmica, fluência de leitura e outros.
O jogo educativo é dividido em dois mundos. No Mundo 1, o aluno conhece as letras e os fonemas e está pronto para ser alfabetizado. No mundo 2, o aluno aprende a decodificar, reconhecer as palavras, ler frases e textos, e desenvolve a fluência de leitura. A proposta é atender cada aluno individualmente, de forma a acompanhar melhor o ritmo, garantindo a mesma oportunidade de aprendizagem a todos.
A coordenadora do Programa saber Igual, Angelita Nóbrega, explicou que o aluno é motivado todos os dias a concluir as etapas de cada lição. “Para abrir os cadeados do Mundo 2 é necessário vencer todos os desafios e fases do Mundo 1. É um desafio que incentiva”, ressaltou.
A gestora da Escola Municipal Centenário de Boa Vista, Adones Rosalidia de Meneses, declarou que os alunos estão mais frequentes às aulas e a animação é geral no momento de utilizar o equipamento. Na escola, 70 alunos das três turmas do 1º ano vivenciam as novas experiências. “Foi muito bom, o período parece curto mas já estamos colhendo os resultados.  Praticamente 70% dos alunos da turma do 1º ano B já está em processo de leitura, pra gente isso é muito bom. Existe essa consonância, trabalha-se dentro da sala com todo o material, depois tem os 30 minutos com software educacional. Eles associam os dois, o que está fazendo toda a diferença. Os pais estão elogiando a prefeitura pela iniciativa porque é algo inovador”, declarou Adones.
A professora do 1º ano B da escola Centenário, Suani Mara, comemorou o avanço da sua turma, onde o nível de leitura de seus alunos saiu de 35% para 73% de aproveitamento. “Os alunos brincam aprendendo, porque é tudo envolvendo o alfabeto, fonemas, raciocínio, concentração. Eles tiveram um avanço bem significativo”, declarou a professora orgulhosa.
Monitoramento: Tudo que é desenvolvido em sala com o aparelho passa pelo monitoramento pedagógico da coordenação do Saber Igual, gestores e professores das escolas, como por exemplo, o acompanhamento da quantidade de acessos e acertos, quantidade de usuários, tempo, data, habilidades por aluno, por turma, entre outros.
“Acompanhamos em tempo real o desempenho dos alunos e da própria escola, por meio de uma plataforma digital. Já que o software roda off-line, a cada 15 dias é feito uma sincronização de dados, onde o aparelho é conectado a internet e as informações são teletransportados para a plataforma. Lá constam todos os rendimentos. A partir do diagnóstico obtido, traçamos novas metas e intervenções para recuperar a aprendizagem daqueles que não conseguiram”, declarou Angelita.