Saúde

Município de Boa Vista compõe rede sentinela para monitoramento do Zika Vírus

O município define a estratégia de atuação baseado na realidade local e capacidade técnica, de acordo com os protocolos definidos pelo Ministério da Saúde.

Por SEMUC

27/08/2015

O plano de ação para monitoramento e controle do Zika Vírus em Roraima foi apresentado na quarta-feira, 26, pela Superintendência Municipal de Vigilância em Saúde, durante uma reunião na Coordenação de Vigilância em Saúde do Estado. Boa Vista está entre as capitais brasileiras que compõem a rede Sentinela de monitoramento da Febre do Zika Vírus. A doença é transmitida pelos mesmos vetores do Aedes Aegypti, da dengue.

O município define a estratégia de atuação baseado na realidade local e capacidade técnica, de acordo com os protocolos definidos pelo Ministério da Saúde. A ideia é detectar de forma oportuna a ocorrência de casos. Na reunião, estiveram presentes as equipes de Vigilância em Saúde do Município e do Estado, Vigilância Epidemiológica municipal, Núcleo de Vigilância do Hospital da Criança Santo Antônio, Atenção Básica Municipal e demais coordenações do Estado.
De acordo com o superintendente municipal de Vigilância em Saúde, Emerson Capistrano, em Boa Vista foram definidas três unidades sentinelas. "Vamos trabalhar com o Hospital Geral de Roraima, Hospital da Criança Santo Antônio e Policlínica Cosme e Silva, com o objetivo de detectar a ocorrência de possíveis casos da doença. A intenção é conhecer a distribuição geográfica, as principais manifestações clínicas e os casos que possam evoluir com sintomas neurológicos e assim deflagrar medidas imediatas de controle", informou.
O próximo passo agora é a realização de treinamentos para os médicos do programa Estratégia Saúde da Família sobre Chikungunya, Dengue e Zika Vírus, que devem ocorrer até a segunda quinzena de setembro.
Casos - Em Boa Vista, foi detectado apenas um caso da doença em maio deste ano, envolvendo um paciente proveniente da Bahia. Há casos confirmados da doença na Bahia, no Rio Grande do Norte, São Paulo, Maceió, Belém e Fortaleza.
Sobre o Zika - A doença é caracterizada por febre baixa, olhos vermelhos, sem secreção e sem coceira, dores nas articulações e erupção cutânea com pontos brancos ou vermelhos, dores musculares, dor de cabeça e dor nas costas. Os sinais e sintomas podem durar até 7 dias.
O principal modo de transmissão descrito do vírus é por vetores tais como Aedes aegypti. Não existe tratamento específico, e nos casos sintomáticos recomenda-se o uso de Acetaminofeno (paracetamol) ou dipirona para o controle da febre e manejo da dor.
É desaconselhável o uso ou indicação de ácido acetilsalicílico e outros medicamentos anti-inflamatórios em função do devido ao risco aumentado de complicações hemorrágicas descritas nas infecções por síndrome hemorrágica, como ocorre com outros flavivírus. Não há vacina contra o Zika vírus.