Bosque dos Papagaios: Estudantes de outros países visitam o parque para conhecer a fauna e a flora da Amazônia

Eles vieram de longe: do Benim, Togo, Nigéria e outros países da África e da América Central para estudar em Roraima. Ainda estão aprendendo a língua portuguesa e se esforçaram para pronunciar os nomes das árvores e dos animais que encontraram no Parque Ecológico Bosque dos Papagaios.

Cerca de 20 estudantes do curso de português para estrangeiros da Universidade Federal de Roraima visitaram o local justamente para conhecer um pouco da flora e da fauna da Amazônia. Eles fizeram a trilha ecológica e aprenderam as características e até as propriedades medicinais de árvores da região.

O Adolpho Aurlus, de 26 anos, do Benim, prestou atenção em todas as explicações. Ele e os colegas não perderam a oportunidade de experimentar algumas frutas que encontraram durante a trilha. Ao provar o fruto do jatobá, uma árvore que pode chegar a 20 metros de altura, lembrou do país de origem. “Gostei do sabor, tem gosto de limão.  A árvore parece uma que existe no meu país, a buabab”, falou.

Outro estudante do Benim, Evariste Sokendu, de 21 anos, também percebeu algumas semelhanças entre a vegetação típica da Amazônia e a de seu país e destacou a importância da região mais verde do Brasil para o mundo.

“As árvores têm um papel fundamental na vida do homem. Na África, falamos que a Amazônia é o pulmão do mundo, porque se não tem Amazônia, o homem não pode respirar ar puro. Por isso, todo mundo tem que cuidar”, ressaltou Sokendu, que pretende cursar biologia em Roraima.

Durante a visita, os estudantes também conheceram as aves que vivem no Mantenedouro de Animais Silvestres do Bosque. Eles se encantaram com o colorido das araras e com os papagaios. “É importante que existam locais como esse que cuidam dos animais”, ressaltou a estudante Karla Martinez, de 25 anos, da Costa Rica.

A bióloga e educadora ambiental do Bosque dos Papagaios, Anna Karoline Andrade, destacou a importância dos estudantes conhecerem a natureza do local onde estão vivendo. “Nós estamos na região que tem a maior biodiversidade do planeta. Nós precisamos levar isso para as pessoas daqui e pra quem vem de fora, sempre focando na preservação da nossa fauna e flora”, completou.