Visando o bom atendimento da população, a Prefeitura de Boa Vista tem até a próxima semana para decidir se reabrirá os laboratórios de análises clínicas do município. Hoje todos os exames da rede de saúde são realizados por dois laboratórios conveniados, o Santa Rosa e o Santa Maria. Essa informação foi dada pelo secretário municipal de Saúde, Rodrigo Jucá, que esteve reunido na manhã desta quarta-feira, 2, na sede do Ministério Público do Estado de Roraima (MPRR), com a promotora de Justiça de Defesa da Saúde, Jeanne Sampaio.
Na ocasião, foram esclarecidos dois pontos: a utilização de convênios para atender as demandas de exames e a suspensão das cirurgias de lábios leporinos. A prefeitura dispõe de cinco laboratórios instalados em postos de saúde distribuídos pelos bairros. Os cinco têm capacidade de processar um total de 5 mil exames mensais, enquanto que a demanda do atendimento básico de saúde da capital para o mesmo período é de 50 mil exames. Daí a necessidade do convênio.
Rodrigo Jucá explicou para a promotora Jeanne Sampaio que o único fator a gerar reclamação da população usuária não é quanto à operacionalidade do sistema, mas sim quanto à distância entre os locais de atendimento médico e os laboratórios conveniados, ambos localizados no Centro de Boa Vista.
“A prefeita Teresa Surita determinou que seja feita uma análise da situação para adotar a melhor solução possível”, disse Rodrigo, explicando que as medidas a serem tomadas devem levar em conta o melhor serviço prestado para a população com o menor custo empregado.
O secretário disse ainda que, segundo orientação da prefeita Teresa, o objetivo da prefeitura é diminuir os custos administrativos para investir mais na assistência prestada aos usuários. Os servidores que atuavam nos laboratórios foram distribuídos para o Centro de Referência e Especialidades Médicas/Unidade Básica de Saúde do Mecejana e Hospital da Criança Santo Antônio (HCSA).
Para a reativar os laboratórios das Unidades Básicas de Saúde é necessário investimento alto na aquisição de novos equipamentos. A maioria dos aparelhos existentes está obsoleta. “Para alguns, nem peça de reposição existe mais”, disse Rodrigo. “Por enquanto, essa providência requer tempo para se resolver”.
Quanto à suspensão das cirurgias de lábio leporino no HCSA, o secretário Rodrigo Jucá explicou que foi uma decisão própria da prefeitura, em razão de o material que vinha sendo empregado ter provocado rejeição em algumas crianças.
Segundo ele, outros materiais – especialmente o fio – já estão sendo adquiridos e as intervenções cirúrgicas voltarão a ser feitas, desta vez em ritmo de mutirão. “Não são muitas as crianças que estão esperando, por isso, acreditamos que logo estaremos com todos os casos resolvidos", disse, ressaltando a qualidade técnico-profissional da equipe médica do HCSA.