Assistência Social

Violência doméstica é tema de roda de conversa no Creas

Em um bate papo simples, algumas mulheres dividiram um pouco da sua história com as demais participantes, outras deram palavras de apoio e relataram o quanto o acompanhamento da equipe de profissionais do Creas tem ajudado a superar a violência sofrida.

Por SEMUC

10/03/2016

Ainda em comemoração ao Dia Internacional da Mulher, o Centro de Referência Especializado da Assistência Social (Creas) promoveu nesta quarta-feira, 9, uma roda de conversa para debater um tema que assola muitas mulheres, Violência Doméstica.

Participaram da atividade, profissionais que atuam no Creas e também nos Centro de Referência de Assistência Social (Cras), como psicólogos, assistentes sociais, sócio-orientador, mulheres assistidas no Creas e a juíza titular do 1º Juizado Especializado de Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher, Maria Aparecida Cury.
Em um bate papo simples, algumas mulheres dividiram um pouco da sua história com as demais participantes, outras deram palavras de apoio e relataram o quanto o acompanhamento da equipe de profissionais do Creas tem ajudado a superar a violência sofrida.
“Participar disso aqui foi um momento de reconstrução da minha vida. Agradeço muito o apoio que recebi por parte dos profissionais que me acompanham. Sei também que ainda vou dividir muitos momentos de alegria”, disse uma das participantes do encontro.
Dentro dos assuntos levantados pela juíza Maria Aparecida, estavam a lei Maria da Penha; os diversos tipos de violência sofrida pela mulher; a importância da mulher buscar apoio e denunciar seus agressores; como os agressores agem e as sequelas que a vitima sofre. Na ocasião, também foi distribuída uma cartilha produzida pelo Poder Judiciário do Estado de Roraima, que aborda a violência contra mulher.
“Essa história de que a mulher é o sexo frágil é pura mentira. Na verdade, a mulher é um sexo extremante forte, desde o momento em que vem ao mundo. Essa de sexo frágil foi uma história que um dia alguém contou e a gente colocou isso na cabeça. Mas a mulher sabe a força que tem e a responsabilidade que carrega no dia-a-dia”, disse a juíza.
A gerente do Creas, Célia Carvalho, explicou que agora os encontros serão mensais e vão reunir 20 mulheres por vez. Nos encontros, serão trabalhadas diversas temáticas. O grupo recebeu o nome de Atitude Feminina.
“Esse grupo de atenção e proteção de mulheres vitimas de violência domestica foi criado com a finalidade de fortalecê-las, para que elas tenham acesso aos seus direitos. A prefeitura tem fortalecido essa rede de proteção social através do Creas para que essas mulheres possam sair dessa situação de violência”, ressaltou.
Ações – A Prefeitura de Boa Vista desenvolve uma série de ações no Creas que visam auxiliar as mulheres no combate a violência doméstica. Além disso, também firma parceria com outras entidades para que o assunto seja trabalhado de uma forma educacional, por meio da conscientização das pessoas desde pequenas e também do acompanhamento das vítimas, como é o caso do projeto Maria Vai à Escola, desenvolvido pelo Tribunal de Justiça de Roraima (TJRR), onde as equipes vão até as escolas municipais levar orientações sobre a lei Maria da Penha e identificar possíveis vítimas.
E ainda a Patrulha Maria da Penha. Para atuar no programa, foram designados cerca de 10 guardas civis municipais, que após passarem pelo curso de capacitação ministrado pelo Tribunal de Justiça, fazem o trabalho de acompanhamento das vítimas.
Dados - Em 2015, foram identificadas 68 mulheres vítimas de violência intrafamiliar. Neste ano, já foram atendidas 4 mulheres vítimas.