•Emprego e renda
Após fazer curso ofertado pela prefeitura, moradora do Caetano Filho consegue sustentar a família com a venda de doces
Até um mês atrás, Rose estava desempregada, atualmente, ela garante o sustento da família por meio da venda de doces e salgados.

Por SEMUC
19/04/2016
Com um isopor cheio de doces, Roseane Pereira Silva, 39, percorre vários órgãos públicos e lojas da cidade para vender as guloseimas que prepara em casa. São pudins, sequilhos e o famoso bolo de pote gelado que fazem sucesso entre os consumidores e aumenta, a cada dia, a clientela. Até um mês atrás, Rose estava desempregada, atualmente, ela garante o sustento da família por meio da venda de doces e salgados.
Rose mora no Caetano Filho e é uma das 60 pessoas do local beneficiadas com cursos de capacitação ofertados pela Secretaria Municipal de Obras e Urbanismo (Smou) em áreas de intervenção de pontos críticos. O lugar, que é considerado Área de Interesse Social, recebeu obras de drenagem. Enquanto o trabalho era realizado, os moradores tiveram acesso a cursos de qualificação.
Ela participou de três cursos realizados no Centro de Referência de Assistência Social (Cras) do Calungá: manicure, biscuit e bolos e salgados. No último, aprendeu as receitas que prepara todos os dias. Foi dessa forma que Rose conseguiu mudar a situação financeira da família, composta por ela, o marido, três filhos e dois netos.
“Eu estava desempregada há dez anos, meu marido teve que fazer uma cirurgia, minha filha mais velha também estava sem trabalhar. Um dia cheguei em casa e tinha três contas de energia atrasadas, minha neta pedindo leite e eu sem ter como comprar. Pedi uma solução a Deus e, de repente, o certificado do curso caiu perto de mim. Depois disso, decidi fazer doces para vender”, contou.
Rose pediu R$ 80 emprestado com o pai e iniciou a pequena produção, vendeu tudo e não parou mais. A doceira também colocou em prática as estratégias de venda que aprendeu nas oficinas de empreendedorismo. Ela prefere vender os produtos durante à tarde, como uma opção de sobremesa. Para atrair a clientela, oferece a degustação dos doces. “Às vezes a pessoa não quer comprar, mas eu peço pra ela experimentar, ela gosta e acaba comprando”, explicou.
A estratégia vem dando muito certo. Com as vendas, ela conseguiu negociar o pagamento das contas de energia, garantir sustento da casa e investir nos negócios. Por dia, a pequena empreendedora fatura uma média de R$ 200. “A equipe da prefeitura bateu na minha porta e me ofereceu essa oportunidade de graça. Graças ao curso que eu fiz no Cras, eu pude melhorar a vida da minha família. Outras mulheres também tiveram essa oportunidade e hoje têm uma renda”, disse emocionada.
Os cursos de qualificação e o acompanhamento das famílias foram feitos pela Coordenação de Projetos Técnicos Sociais da Smou. O trabalho foi realizado apenas em áreas de intervenção de pontos críticos que receberam obras da Prefeitura de Boa Vista, com o objetivo de atender a população de baixa renda. O ciclo de capacitações encerrou em janeiro. O secretário adjunto de Obras do Município, Antonio Carvalho, explicou que por meio do trabalho, a prefeitura atende dois aspectos da vida dos moradores dessas áreas.
“O cidadão vê a melhoria na infraestrutura do local onde mora, por meio das obras que são realizadas e, ao mesmo tempo, são qualificados para exercer uma atividade. O projeto procura levar o conhecimento, dá opções de atividades que esses moradores podem desempenhar. É a oportunidade para quem não tem renda, aprender uma função, se preparar para o mercado de trabalho ou até abrir um negócio próprio e melhorar sua condição financeira. As duas ações contribuem para melhorar a qualidade de vida da população dessas áreas”, destacou.
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