O município de Boa Vista notificou nos últimos cinco meses 15 casos suspeitos de microcefalia, doença em que a cabeça e o cérebro da criança apresentam tamanho menor do que o esperado para a idade. Para investigar esses casos, a Secretaria Municipal de Saúde instituiu um Plano de Estratégias de Ação Rápida para o Fortalecimento da Atenção à Saúde e Proteção Social de Crianças com Microcefalia, com a participação de estados e Prefeituras.
Os casos suspeitos de microcefalia registrados em Boa Vista foram concluídos no final do mês de maio. Dos 15 casos, seis foram confirmados (um não sobreviveu), oito descartados e um sob investigação, ocorrido com a mãe da criança que reside em uma vicinal do município de caracaraí, interior do estado. Até o momento, não houve registro de casos por confirmação laboratorial relacionado à microcefalia por ZikaVírus.
O plano de ação envolveu etapas com busca ativa de crianças com microcefalia por meio das equipes de Estratégia Saúde da Família da Prefeitura de Boa Vista; encaminhamento dos casos para consultas com neurologista na Maternidade Nossa Senhora de Nazaré (HMNSN) e realização de exames necessários para a confirmação da doença.
Os casos confirmados de microcefalia foram encaminhados ao Benefício de Prestação Continuada (BPC) e o tratamento de estimulação precoce sob a responsabilidade do Estado.
A diretora do Núcleo de Estatístico de Políticas em Saúde, Cinthia Brasil, informou que o Plano de estratégias de Ação Rápida serviu para organizar as competências e o fluxo das atividades. “A mãe da criança agora sabe aonde levar o filho para fazer o atendimento. Todos esses casos estão sendo assistidos. O Hospital da Criança Santo Antônio é o responsável pelos atendimentos médicos necessários a criança. A partir de agora, os casos confirmados de crianças com microcefalia serão acompanhados por especialistas do hospital”, frisou.