A saúde do paciente, dos profissionais e familiares é tema de uma campanha promovida pelo Hospital da Criança Santo Antônio (HCSA) juntamente a Coordenação de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) e o Núcleo de Segurança do Paciente. A campanha de conscientização Adorno Zero sensibiliza os profissionais a não utilizarem adereços dentro da unidade hospitalar.
“A campanha adorno zero é uma iniciativa que já vem acontecendo há alguns anos, porém resolvemos intensificar ainda mais para promover a saúde e o cuidado com nossas crianças. Não utilizar brincos, pulseiras e relógios evita muitas infecções e o nosso hospital possui índices baixos graças ao trabalho desenvolvido pelas equipes. A campanha só colabora para minimizar essa situação ainda mais”, destaca a diretora geral do HCSA, Mareny Damasceno.
A campanha acontece dentro dos blocos da unidade, com entrega de panfletos e conversas rápidas com médicos, enfermeiros, auxiliares e todos os funcionários desde o administrativo até aqueles que trabalham na lavanderia e limpeza.
A ação vem reforçar a Norma Regulamentadora 32 (NR 32), que estabelece que todo trabalhador do serviço de saúde que exerce atividades de promoção e assistência à saúde exposto à agente biológico, independente da sua função, deve evitar o uso de adornos e sapatos abertos no ambiente de trabalho.
Outro documento que vem respaldar essa NR e a campanha Adorno Zero é a Portaria Municipal nº 375 de 16 de julho deste ano, que proíbe o uso de alianças, anéis, pulseiras, relógios e outros itens dentro do ambiente hospitalar.
Rachel Nascimento é enfermeira e coordena a CCIH. Ela está a frente da campanha no hospital e afirma que foi uma das profissionais que mais tinha dificuldade para deixar os adornos. “Eu utilizava três piercings, que faziam parte de mim, mas aos poucos fui deixando e me desapegando. Fui me conscientizando de que esses adornos podiam prejudicar nossos pequenos pacientes e até mesmo meus familiares. Se eu consegui, qualquer um pode também”, frisou.
A campanha aborda três temas: Família, paciente e profissional. A ideia é reduzir o índice de infecção hospitalar, que já é baixo entre 2,0 % e 1,8%, no hospital e fazer com que a unidade hospitalar se torne referência em adorno zero.
Após a conscientização, todos assinam um termo que estão cientes do prejuízo da utilização dos adornos dentro do hospital e se comprometendo a não utilização dos mesmos.
Tania Araújo Silva é assistente social e acredita na iniciativa. “Eu tive muita dificuldade em relação a aliança. Já tenho 26 anos de casada e dois vínculos na área da saúde, para não perder ou esquecer dentro da bolsa passei a deixar em casa mesmo. É muito importante essa iniciativa, pois trata-se da saúde do nosso usuário e da nossa família e de todos nós profissionais”.