Jamile Carvalho
Neste sábado, dia 1º de dezembro, é lembrado o Dia Mundial da luta contra a AIDS. E a Prefeitura de Boa Vista tem intensificado as ações de educação e saúde nas unidades básicas de saúde, além de capacitações voltadas aos profissionais de saúde, ao longo desta semana.
A rede municipal de saúde dispõe de uma série de alternativas de prevenção disponíveis nas unidades básicas, como camisinha, testes rápidos para HIV, sífilis e hepatites virais e o tratamento para essas doenças, caso sejam identificadas. Por isso, é preciso que a população abrace essa causa e se previna.
Tendo em vista a importância da prevenção, a distribuição de preservativos (masculinos e femininos) é rotina nas unidades básicas de saúde, sendo acompanhada de orientações por meio de atividades educativas, tanto no atendimento individual, como nas atividades em grupo, salas de espera das unidades ou em ações itinerantes pelos bairros.
A prefeitura disponibiliza em todas as unidades básicas de saúde os testes rápidos de HIV, Sífilis e Hepatites B e C, que levam no máximo 20 minutos para serem feitos. Além do tratamento e acompanhamento necessários, caso o resultado do diagnóstico seja positivo para as doenças.
De acordo com o coordenador municipal de DST/AIDS, Sebastião Diniz, os serviços de testes rápidos para o diagnóstico precoce do HIV nas unidades de atenção básica do município têm contribuído para a identificação dos casos.
“Hoje é mais fácil para um cidadão chegar numa unidade básica e realizar um teste. Quanto mais cedo for detectado o HIV e iniciado o tratamento, mais haverá chances para uma melhor qualidade de vida diante da infecção e a não evolução do processo para AIDS”, explica.
Sebastião Diniz – Coordenador municipal de DST/AIDS e Hepatites Virais em Boa Vista
Dados – Nesta sexta-feira (30), a Secretaria Municipal de Saúde divulgou o boletim com um panorama epidemiológico de infecção por HIV/AIDS no município. O documento mostra que em 2017 foram diagnosticados 290 novos casos de infecção por HIV e 203 casos de AIDS, totalizando no período de 2007 a 2017, 1.925 casos de infecções por HIV/AIDS. Porém, em 2018, de janeiro a novembro, os registros foram de 307 casos de HIV e 147 casos de AIDS.
Migração – Com o grande fluxo migratório no estado, a prefeitura começou a monitorar a ocorrência de doenças e agravos em estrangeiros, adotando a inclusão da informação nacionalidade no campo complemento, nas fichas de notificação do Sistema de Informação de Agravos de Notificação - SINAN.
Desta forma, no período de janeiro a novembro deste ano, foram notificados em venezuelanos 152 casos de infecções por HIV/AIDS, 4 casos de AIDS e de gestantes com HIV e três óbitos por causa básica de AIDS.