Educação

Dia Internacional da Síndrome de Down - Escolas de Boa Vista ressaltam a importância da inclusão e do respeito as diferenças

Alunos da Escola Municipal Professora Edsonina celebraram a inclusão e o respeito às diferenças em programação especial do Dia Internacional da Síndrome de Down

Por Jéssica Costa

21/03/2019

Alunos da Escola Municipal Professora Edsonina celebraram a inclusão e o respeito às diferenças em programação especial do Dia Internacional da Síndrome de Down (Fotos: Andrezza Mariot)

Não é só com um cromossomo extra que vivem os pequenos Isaias Martinez e Davi Izaque, alunos com síndrome de Down da Escola Municipal Professora Edsonina de Barros Villa , mas também com doses extra de carinho, amor e dedicação diárias. Neste Dia Internacional da Síndrome de Down, celebrado no dia 21 de março, a escola preparou uma programação especial ressaltando ainda mais a importância do respeito. A mesma programação foi realizada em outras escolas municipais, que contam com 47 alunos com síndrome de Down matriculados na rede.

Paulo Cesar Araújo, professor da Sala de Recursos Multifuncionais

Segundo Paulo Cesar Araújo, professor da Sala de Recursos Multifuncionais, trabalhar com crianças com síndrome de Down é um desafio, mas, ao mesmo tempo, uma grande alegria. “ Acredito que a nossa missão é olhar para educação especial de uma forma inclusiva, onde escola, família e professores estejam dando o seu melhor para que nenhuma criança fique para trás.  Independente das limitações e das diferenças, nós temos que olhar para eles como pessoas com potencialidades e possibilidades de avançarem e terem sucesso. A alegria é saber que estamos contribuindo com o acesso, com a permanência e, principalmente, com o sucesso escolar destas crianças”, destacou.

Catarina Horana de Castro, mãe do aluno Davi Izaque

Acolhida. É assim que se sente diariamente Catarina Horana de Castro, mãe do pequeno Davi Izaque, sempre que deixa o filho na escola. “Para mim é gratificante porque aqui na escolinha o Davi é bem acolhido. Todos gostam dele e é uma criança bem recebida. Me sinto bem quando deixo ele aqui e vou para casa porque sei que ele está em um bom lugar, onde é acolhido e não diferenciado”, destacou.

Catarina descobriu que o filho tinha a síndrome de Down no momento do parto, pois nenhum dos exames feitos durante o pré-natal apontaram a existência da síndrome. “Tive um baque de primeira, mas aceitei numa boa, não rejeitei meu filho. Acho que, no primeiro momento, toda mãe pensa milhões de coisas, como a criança não sobreviver devido aos problemas respiratórios e cardiopatias. Passado o susto, a rotina foi tranquila. Marquei os primeiros atendimentos médicos e, hoje, Davi está aqui: inteligente, saudável, sem problemas no coração, comunicativo, carinhoso e brincalhão”, ressaltou.

Dia Internacional da Síndrome de Down

O Dia Internacional da Síndrome de Down foi proposto pela Down Syndrome International como o dia 21 de março, porque esta data se escreve como 21/3, o que faz alusão à trissomia (consiste na presença de três cromossomos, e não dois, como seria normal) do 21. O Dia Internacional da Síndrome de Down está no calendário oficial da Organização das Nações Unidas, sendo comemorado pelos 193 países-membros da ONU. A data tem o objetivo de conscientizar as pessoas sobre a importância da luta pelos direitos igualitários, o seu bem-estar e a inclusão das pessoas com Down na sociedade.

Fotos no link: https://www.flickr.com/photos/ andrezzamariot/albums/ 72157704165718132