Gestores e coordenadores pedagógicos da rede municipal de ensino participaram nesta segunda-feira, 27, da cerimônia de lançamento da edição 2019 do Prêmio MPT na Escola , no auditório do Ministério Público de Roraima. Este ano, 38 escolas municipais participarão do concurso, onde alunos do 4º e 5º ano do Ensino Fundamental desenvolverão o tema “Trabalho Infantil”, em seis categorias: conto, curta metragem, música, esquete teatral, desenho e poesia.
Em Boa Vista, a iniciativa conta com a participação massiva das escolas municipais, coordenado pela Secretaria Municipal de Educação (Smec). O objetivo é fomentar a participação de crianças e adolescentes nas ações de mobilização, conscientização e prevenção ao trabalho infantil. A novidade desta edição é que o prêmio foi expandido para os 15 municípios roraimenses e também para as turmas do 6º e 7º ano das escolas estaduais.
Os alunos são desafiados a desenvolver trabalhos literários, artísticos e culturais. Para procuradora Safira Nila, da Coordenadoria Nacional de Combate à Exploração do Trabalho da Criança e do Adolescente (Coordinfância), a discussão do tema no ambiente escolar trouxe excelentes resultados em 2018.
“Depois do grande sucesso da primeira edição, estamos fazendo em 2019 um formato mais ampliado, abrangendo escolas de 4º ao 7º ano. Me surpreendeu muito a participação (escolas municipais) tanto dos educadores quanto dos gestores e a mobilização que teve em relação a temática nas escolas. Os trabalhos apresentados pelos alunos foram emocionantes, surpreendentes. A criatividade reinou” , declarou.
Com o conto “Além da Fronteira”, a aluna Francine Janiely, da Escola Municipal Aquilino Mota Duarte, representou Boa Vista na etapa nacional em 2018 e conquistou o terceiro lugar, recebendo a premiação durante a cerimônia. O conto trouxe a história de uma família venezuelana em meio à crise econômica que se instalou no país. Uma luta pela sobrevivência que leva as crianças para as ruas em busca de sustento.
A professora Anna Carolina Brito declarou o orgulho de ter sido a orientadora da aluna no Prêmio.
“É muito prazeroso saber que um aluno nosso competiu por igual com o Brasil todo e ficou em terceiro lugar. Era uma coisa que trabalhávamos muito em sala de aula, a presença dos venezuelanos e ela não ignorou esse fato” , disse.
Em 2018, foram 13 escolas participantes e este ano o número de escolas no prêmio aumentou significativamente. Para o articulador municipal do Prêmio na Smec, Ernandes Dantas, desenvolver o projeto na rede é um compromisso educacional e social.
“É uma forma diferente de abordar o tema trabalho infantil, sensibilizando as famílias e a comunidade escolar de uma forma mais lúdica” , declarou.