Educação

Jogos educativos - Profissionais das comunidades indígenas aprendem durante oficinas pedagógicas

Foram cerca de 50 profissionais das escolas municipais indígenas participam de oficinas pedagógicas, cuja finalidade é tornar as aulas nas 12 comunidades ainda mais dinâmicas e divertidas.

Por Ceiça Chaves

22/08/2019

Link das fotos: https://flickr.com/photos/ 170294565@N07/sets/ 72157710493734592

Nestes dois dias, 22 e 23 de agosto, cerca de 50 profissionais das escolas municipais indígenas participam de oficinas pedagógicas, cuja finalidade é tornar as aulas nas 12 comunidades ainda mais dinâmicas e divertidas. Eles aprenderam a confeccionar jogos educativos com materiais alternativos, a fim de proporcionar uma aprendizagem interativa.

Nesta quinta-feira, 22, na Escola Martins Pereira, comunidade do Morcego, a Coordenação de Educação Indígena, da Secretaria Municipal de Educação, reuniu professores e cuidadores das cinco comunidades da região do Murupú. Nesta sexta-feira, 23, será a vez das oito comunidades do baixo São Marcos participarem da oficina na Escola Munici Ko’Ko Ermelinda, no Campo Alegre.

O primeiro momento da oficina foi o treinamento feito pela coordenação de Educação Especial.
O encontro é marcado por dois momentos. O primeiro é o treinamento feito pela coordenação de Educação Especial. Além de repassarem o básico do ensino da Libras, os profissionais aprenderam a confeccionar jogos educativos adaptados para os alunos especiais. Momento também marcado pelas brincadeiras que auxiliam ainda mais na aprendizagem destas crianças.

A cuidadora, Nelânia Aleixo, acompanha o próprio filho surdo matriculado na escola em que trabalha.
Um momento especial para a cuidadora, Nelânia Aleixo, 37 anos, que acompanha o próprio filho surdo matriculado na escola em que trabalha, Francisca Gomes (Serra do Truarú).

“É ótimo está nos capacitando cada vez mais, dando apoio principalmente aos alunos com necessidades especiais. Tenho um filho surdo, por causa dele me capacitei do básico à conversação com apoio da prefeitura. Foi uma novidade a mais” , declarou.

O segundo momento trouxe uma interdisciplinaridade entre Educação Física, Artes e os conteúdos de sala de aula.
O segundo momento trouxe uma interdisciplinaridade entre Educação Física, Artes e os conteúdos de sala de aula. Uma mistura de atividades físicas e motoras com elementos da arte e conteúdos como português, matemática, geografia e história. Uma forma destes profissionais levarem aos seus alunos, uma vivência prática de uma forma divertida de se aprender.

A professora da Escola Municipal Vicente André, Andervânia Tomáz, 38 anos, leciona numa turma de educação infantil e declarou o quanto ficou satisfeita em aprender novas metodologias de ensino.

“Muito interessante o investimento que está sendo feito nas comunidades. Através de nós, as crianças aprenderão novos conhecimentos. Essas atividades abriram minha mente porque através delas vou conseguir fazer uma aula ainda melhor. Eu já trabalho de uma forma dinâmica, e aqui só ampliei ainda mais a minha capacidade de trabalhar em sala de aula com os meus alunos” , declarou.


O foco principal da oficina foi mostrar para estes profissionais que existem inúmeras formas de se ensinar através de materiais alternativos. Eles aprenderam a fazer brinquedos para utilizarem em sala de aula, tais como tiro ao alvo, raquete de tênis de mesa, brinquedos que trabalham a coordenação motora, óculo e pedal, coordenação motora fina e como desenvolver a ginástica historiada com a turma.