Em função dos últimos números divulgados pelo Ministério da Saúde, Roraima chegou ao nível de 8,16 infectados para cada 100 mil habitantes e a capital Boa Vista atingiu a taxa de 10,5 colocando a região em nível de emergência para a Covid-19.
Os números são preocupantes em função do histórico da saúde em todo o Estado de Roraima. A capital, por deter de quase 70% da população do Estado, figura como a grande preocupação de todas as políticas públicas voltadas para o combate ao novo corona vírus.
A Prefeitura de Boa Vista vem adotando e reforçando medidas que preconizam o isolamento social como principal iniciativa para se evitar o alastramento da doença.
“ O momento vivido pelo Brasil é de muita cautela, mas uma cautela com as vidas. As consequências econômicas serão enfrentadas mais à frente. Nossa missão como chefe do executivo municipal é cuidar das pessoas. Sei que muitos estão insatisfeitos com a quarentena e as regras impostas ao funcionamento das empresas, mas tenho certeza de que com saúde, juntos, poderemos superar todas as dificuldades”, frisou a prefeita Teresa Surita.
Ainda de acordo com a prefeita, a intenção é manter Boa Vista como uma cidade com pouquíssimos óbitos, relacionado ao Brasil. “Não quero ver Boa Vista figurando como uma cidade que tenha um grande número de mortos. E o pior, pessoas sem nenhum tipo de atendimento de qualidade na saúde por conta do colapso que se espera para todo o país. Vou continuar a fazer o que a Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Ministério da Saúde orientam, pois é o melhor caminho”, garante.
Entenda o cálculo
O Ministério da Saúde faz o cálculo baseado no número de casos confirmados dividido pelo número gerado, dividindo a população por 100 mil. Por exemplo: Boa Vista tem 42 casos confirmados e uma população estimada de 400 mil habitantes, então o cálculo é o seguinte: 42 casos dividido por 4, multiplicado por 100 , totalizando 10, 5 como índice registrado pelo MS.
Empresários e população têm cooperado e entendido as medidas
Desde a primeira medida tomada pelo município, o empresário do ramo de alimentação que preferiu não se identificar se adequou e manteve o ritmo de trabalho. “A gente entende que tudo isso é temporário. Claro que gostaria de ver o meu restaurante cheio de clientes, mas a minha vida, da minha família, dos meus funcionários e também dos clientes é muito mais importante. Nos adequamos e continuamos trabalhando em forma de delivery normalmente”, garantiu.
Verônica Peixoto, dona de salão de beleza em Boa Vista, reforça o pedido de distanciamento social. “Os prejuízos que teremos serão enormes, mas, sem saúde, sem vida, nada terá valido a pena. Precisamos, nesse momento, cuidar da nossa saúde, manter os nossos idosos seguros. Se todos cooperarem, logo voltaremos à nossa rotina, claro, tomando todos os cuidados, e enfrentaremos essa crise juntos e mais fortes”, disse.