Educação

BV ALFALETRAR - Por meio de projeto educacional, escolas de Boa Vista reforçam aprendizado de alunos do 1º ao 5º ano

Mais de 200 profissionais estão nas escolas auxiliando os alunos, principalmente para amenizar os efeitos gerados pela paralisação das aulas durante a pandemia

Por Ceiça Chaves

17/11/2021

Garantir que a alfabetização aconteça nos anos iniciais do Ensino Fundamental é uma das principais ações do município na educação. Por isso, com o retorno das aulas presenciais, a prefeitura implantou na rede o projeto BV Alfaletrar, uma iniciativa que está auxiliando alunos do 1º ao 5º Ano com dificuldades de aprendizagem, por meio de aulas de reforço e acompanhamento educacional.

O BV Alfaletrar foi idealizado em 2020, com o advento da pandemia. Hoje, 230 profissionais deram vida ao projeto nas escolas municipais. São os “Assistentes de Alfabetização”, que estão nas salas de aula auxiliando o professor de 1º e 2º ano do Ensino Fundamental, e os “Assistentes de Acompanhamento Educacional”, que atendem grupos de até 10 alunos do 3º ao 5º ano, no contra turno escolar. Mais de 30 mil alunos devem ser beneficiados.

Diagnóstico – Com a avaliação da Prova BV, aplicada em agosto deste ano, foi diagnosticado que alguns alunos do 2º ao 5º Ano precisam deste tipo de atendimento. A ideia é sanar o déficit de aprendizagem causado neste período pandêmico, em que as crianças estiveram distantes da sala de aula presencial.

Para a professora Rosângela Araújo, o projeto é uma ferramenta importante para o processo de ensino aprendizagem. Ela é titular da turma do 1º Ano G da Escola Municipal Maria Teresa Maciel e conta diariamente com a ajuda dos novos profissionais do projeto.

“A ajuda é necessária nesse momento. Viemos de um período onde as crianças ficaram muito tempo longe da escola, algumas habilidades não puderam ser trabalhadas. Hoje temos uma sala de aula heterogênea, onde tem crianças que conseguiram evoluir no período pandêmico, mas tem alunos que estão aquém. Precisamos correr atrás do prejuízo e reverter a situação”, disse.

Para a assistente de alfabetização, Paula Beatriz Carvalho, o projeto é um suporte a mais ao professor de sala e uma grande aliada da família. “O ato de alfabetizar é um desafio. Estamos somando naquilo que podemos ajudar. Nessa troca vamos criando novas metodologias para que os alunos aprendam mais rapidamente. A ideia é que no primeiro ano a criança já saia alfabetizada, sabendo as palavras com sílabas simples, letramento e compreendendo problemas matemáticos”, disse. 

 

Fotos: Fernando Teixeira – https://flic.kr/s/aHsmXaY9bP