Tecnologia

DIA DA CIÊNCIA E CULTURA - Do investimento em tecnologia ao apoio às artes, Prefeitura desenvolve projetos que inspiram jovens ao futuro

Mais que teoria, iniciativas contribuem de forma efetiva na rotina dos participantes e seus familiares

Por Marcus Miranda

05/11/2021 - Última atualização 05/11/2021

No dia da Ciência e Cultura, celebrado nesta sexta-feira, 5, em todo o Brasil, a capital tem muito o que comemorar. Isso porque os investimentos por parte da Prefeitura de Boa Vista, voltados a estas duas áreas, têm acontecido de forma significativa. São diversos exemplos de projetos e iniciativas que mudam, para melhor, a vida das pessoas.

No Centro de Ciência, Tecnologia e Inovação (CCTI), a robótica é a grande aliada na geração de conhecimentos científicos e tecnológicos. Por meio da equipe de elite “I, Robot”, composta por alunos que apresentam alto rendimento, Boa Vista já recebeu uma série de prêmios e títulos em diversas competições, tanto locais, como também nacionais e internacionais.

“O CCTI me ensinou muito sobre como trabalhar em equipe", disse Luciano Sampaio. 

“PEQUENOS GÊNIOS” - Luciano Sampaio Júnior, de 14 anos, é um dos integrantes mais antigos e capitão da “I, Robot”. Em pouco mais de quatro anos fazendo parte da equipe, ele destacou que, além do conhecimento científico e tecnológico, o CCTI tem grande contribuição para o dia a dia.

“O CCTI me ensinou muito sobre como trabalhar em equipe, dividindo bem as tarefas, tanto aqui no Centro, quanto na minha própria escola. Inclusive me ajudou muito em métodos de rotina e organização. Pretendo atuar na área de TI”, explicou.

O pai, Luciano Sampaio, disse que o filho, desde muito cedo foi destaque na escola e que, ao ingressar no CCTI, passou a demonstrar interesse na área, sem nenhum tipo de pressão.

“A atuação do Luciano nas atividades do Centro, que envolve muito trabalho em grupo, contribuiu no processo de interação com os familiares em geral. Acho importante a participação dele, tendo em vista a otimização do processo de aprendizagem do ensino regular e também faz com que os alunos despertem para área de pesquisa em diversas disciplinas”, disse.

"Estar aqui me inspira para fazer algo dessa área no meu futuro", comentou, Wilson Lima.

Já o jovem Wilson Lima, de 13 anos, passou a integrar a equipe de elite há pouco mais de quatro meses e afirmou estar gostando da experiência. “Está sendo muito bom. Gostei muito da equipe, dos amigos que tenho feito e da forma com que as coisas são passadas e ensinadas pra gente. Estar aqui me inspira para fazer algo dessa área no meu futuro”, falou.

A mãe dele, Gloria Costa, também destacou diversas mudanças no filho, em poucos meses de participação no projeto. “Teve muita mudança. Ele está mais responsável, concentrado e muito dedicado em todas as atividades, tanto do CCTI quanto da escola. Estou muito feliz com a participação dele. Apesar de exigir muito, sinto que ele adora as atividades, pois estimulam a criatividade e o incentiva a estudar ainda mais”, contou.

Desde 2016, a robótica é desenvolvida no CCTI e em 2018 foi inserida no dia a dia dos alunos das escolas municipais. A implantação de mais esta ferramenta de ensino em sala de aula veio transformar o cotidiano dos estudantes de Boa Vista.

BV 128 – E quem disse que ciência e tecnologia não tem haver com cultura?! No segundo semestre deste ano foi implantado, de fato, em seis escolas municipais, o projeto “Bv 128”, uma plataforma digital que simula os períodos históricos de Boa Vista desde 1830 até os dias atuais.

Cerca de 1.100 alunos brincam e aprendem com o ‘jogo’. Nele, os alunos podem, por exemplo, fazer um passeio pelas fazendas São Marcos e Boa Vista, conhecer o Forte São Joaquim e interagir com personagens de cada época

Cerca de 1.100 alunos brincam e aprendem com o ‘jogo’. Nele, os alunos podem, por exemplo, fazer um passeio pelas fazendas São Marcos e Boa Vista, conhecer o Forte São Joaquim e interagir com personagens de cada época. Devido a pandemia e para seguir todos os protocolos de segurança, o jogo foi adaptado para uso de tablets individuais da escola.

ARTCANTO – O projeto promove a educação musical com acompanhamento social e pedagógico de crianças e adolescentes entre 7 e 17 anos. É ensinada a prática do canto coral infanto-juvenil, música popular brasileira, erudita e regional. São 182 integrantes que ganham bolsa de R$ 230 mensais, e outros 135 integram o IBVM. A novidade é a Oficina de Violões, que se inicia com 32 novos integrantes.

"Aqui aprendemos a trabalhar em grupo, além de outras técnicas que contribuem na escola e na rotina, como memorização, foco e concentração”, disse Ana Liandra, integrante do ArtCanto.

Ana Liandra participa do coral há três e ingressou nas aulas em um momento conturbado da vida, em meio a uma separação dos pais. Ela afirmou que o coral foi fundamental nesse período e destacou os benefícios das aulas para ela.

“O coral me ajudou muito a passar por esse processo de entendimento do que aconteceu. Aqui aprendemos a trabalhar em grupo, além de outras técnicas que contribuem na escola e na rotina, como memorização, foco e concentração”, disse.

“Não se trata só de música. Aqui eu aprendi a ter mais paciência e a socializar mais", relatou Maria Clara, integrante do ArtCanto.

Maria Clara já faz parte do ArtCanto há cinco anos e disse que o coral é mais do que simplesmente cantar. “Não se trata só de música. Aqui eu aprendi a ter mais paciência e a socializar mais. Vejo o coral como uma família para mim, com pessoas que eu sei que posso contar, independente de qualquer coisa”, relatou.

Durante a pandemia, a Prefeitura promoveu uma série de eventos em formato live, como forma de prestar apoio aos artistas e suas famílias, beneficiando direta e indiretamente um total de 3.026 artistas com cachê artístico

APOIO EM MEIO À PANDEMIA - Como forma de movimentar a cultura e, principalmente, prestar auxílio a artistas locais e suas famílias em meio a pandemia, a Prefeitura promove, desde 2020, uma série de eventos culturais, presenciais e em formato live. Um total de 3.026 artistas locais foram contemplados direta e indiretamente, com cachê artístico.

Os quadrilheiros juninos também receberam apoio durante a pandemia

BOA VISTA JUNINA – Além disso, a Prefeitura não deixou o espírito junino morrer, promovendo, desde o ano passado o Boa Vista Junina, em formato live.  Em 2020, a Prefeitura firmou convênio com a Federação Roraimense de Quadrilhas Juninas (Ferquaj), no valor de R$ 516.500, contemplando 25 quadrilhas – totalizando 160 quadrilheiros beneficiados. Neste ano de 2021, também por meio de convênio, foi garantido aos quadrilheiros, repasse de recursos na ordem dos R$ 535.950.