Servidores e contribuintes participam de palestras alusivas à campanha Agosto Lilás
A ação foi nesta quarta-feira, 23, na Secretaria Municipal de Economia, Planejamento e Finanças (SEPF), com a presença da secretária Nathália Cortez, a psicoterapeuta Elisgorete Rocha e a guarda municipal Jessyka Pereira

Por SEMUC
23/08/2023 - Última atualização 24/08/2023
A busca por um futuro sem violência é um esforço conjunto, do mais jovem ao mais idoso e do público feminino ao masculino. E para quebrar o ciclo de silêncio e impunidade, a Prefeitura de Boa Vista promove, este mês, diversas ações para fortalecer a campanha Agosto Lilás, de combate à violência contra a mulher.
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Nesta quarta-feira, 23, a Secretaria Municipal de Economia, Planejamento e Finanças (SEPF) abriu as portas para um evento alusivo, sensibilizando servidores e contribuintes sobre a temática. Teve palestras com a psicoterapeuta Elisgorete Rocha e a guarda municipal Jessyka Pereira, integrante da Patrulha Maria da Penha. A abertura contou com a participação da secretária municipal de Gestão Social, Nathália Cortez.
“Precisamos aproveitar o mês de conscientização para trazer esse assunto para a discussão dentro das nossas secretarias. É uma iniciativa que precisamos difundir. Se uma ou duas mulheres forem atingidas por essa informação entre as 100 ou 150 pessoas que estavam aqui hoje, nosso objetivo já foi alcançado. Porque cada vida conta”, disse Vivaldo Araújo, secretário adjunto da SEPF.

EM BRIGA DE MARIDO E MULHER – “Mete a colher sim! É importante desmistificar esse ditado, pois a qualquer sinal de violência, precisamos saber nos defender. Vamos falar cada vez mais sobre os canais de denúncia para, a partir daí, trabalhar com essas mulheres no pós-violência”, enfatizou Nathália.
A guarda municipal, Jessyka Pereira, notou que o apoio da prefeitura na divulgação dos meios de denúncia surte efeito no trabalho da Patrulha Maria da Penha. Afinal, a missão é levar informações sobre a Lei Maria da Penha, incluindo as atualizações, e o que é a violência doméstica para a população.

“Esse trabalho estimula as vítimas a denunciarem e se defenderem. Muitas vezes elas não sabem da rede de apoio que existe e do trabalho que a prefeitura está fazendo para protegê-las. Quando as vítimas têm essa consciência, se sentem mais seguras em denunciar e buscar proteção. É importante levar essa conscientização sobre o nosso trabalho”, disse.
A importância de identificar um relacionamento abusivo
A atuação da Patrulha Maria da Penha é um ponto de orgulho, pois acompanha todas as medidas protetivas emitidas pelo Tribunal de Justiça, garantindo a segurança das mulheres que bravamente denunciam. Muitas são vítimas dos namorados e maridos. Dessa forma, é importante identificar os sinais de quando o relacionamento se torna prejudicial.

“É preciso reconhecer que os relacionamentos abusivos não se limitam apenas à violência física. Eles podem envolver uma combinação de manipulação emocional, controle, isolamento e outros comportamentos prejudiciais com um impacto profundo na vítima. A identificação desses sinais e padrões é crucial para ajudar as pessoas a buscarem ajuda”, afirma a psicoterapeuta Elisgorete S. Rocha.
APOIO E SEGURANÇA – Existem grupos de mulheres nos Centros de Referência Especializados de Assistência Social (CREAS) que recebem capacitação e atendimento com psicólogos e assistentes sociais. Esse suporte é um papel crucial na jornada de recuperação emocional após a violência, contribuindo para que elas possam se libertar da dependência que, muitas vezes, as mantêm presas.
“É importante ressaltar que, frequentemente, as mulheres não permanecem em situações de violência por escolha própria, mas sim por dependência, incluindo a financeira. Nosso compromisso é oferecer condições para que essas mulheres possam romper com essa dependência e reconstruir suas vidas em um ambiente seguro e livre de agressores”, reforçou Nathália.

COMO AJUDAR? – É essencial registrar boletim de ocorrência na Polícia Civil e ligar para a GCM no 4009-9355. Após a análise do caso, é determinada a medida protetiva por meio da justiça e a vítima passa a ser assistida pela Patrulha Maria da Penha.