A Prefeitura de Boa Vista deu mais um passo em direção à finalização do processo de revisão do Plano Diretor nesta quarta-feira, 15. Na ocasião, foi apresentada em reunião na sala multiuso do Teatro Municipal de Boa Vista a “carta geotécnica”, documento que servirá como base para orientar as decisões sobre o uso e ocupação do solo, garantindo maior segurança para a população e promovendo o desenvolvimento urbano sustentável.
Elaborada sob consultoria do Instituto Brasileiro de Administração Municipal (Ibam), a carta faz, por exemplo, um diagnóstico detalhado dos riscos geológicos do município, como áreas suscetíveis a alagamentos, inundações e outros perigos e como podem ser solucionados. “O objetivo é garantir a segurança da população, orientando as decisões sobre o uso e ocupação do solo no Plano Diretor”, detalhou o geólogo do Ibam, Júlio Valente.
Importância da carta geotécnica diante das mudanças climáticas
O presidente da Empresa de Desenvolvimento Urbano e Habitacional (Emhur), Sérgio Pillon, ressaltou o papel da carta geotécnica no contexto de um bom planejamento urbano diante das mudanças climáticas. Ele exemplificou os reflexos dessas mudanças no mundo e especialmente no Brasil, tendo como exemplo as enchentes no Rio Grande do Sul.
“Esses fenômenos anormais, que tendem a se tornar o novo normal, requerem atenção especial e a carta geotécnica nos auxilia nesse sentido. Esse documento é crucial para o planejamento do futuro”, explicou.
A carta geotécnica aponta as áreas que devem ser preservadas, quais partes da cidade são aptas para novas edificações e identifica áreas de risco. Estas são informações fundamentais para quem atua no segmento imobiliário e no ramo da construção civil, como é o caso do empresário Veronildo Holanda.
“Acredito que a revisão do Plano Diretor é fundamental para o futuro da nossa cidade. O planejamento é essencial para que os empreendimentos estejam de acordo com a legislação e possam trazer benefícios para a população”, afirmou o empresário.
Quem participou – Participaram do encontro representantes de várias esferas da sociedade, incluindo secretarias municipais, Ministério Público do Estado de Roraima (MPRR), Universidade Federal de Roraima (UFRR), Conselho de Arquitetura e Urbanismo (CAU), Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Roraima Energia, empresários do setor imobiliário e membros da sociedade civil.