O FUTURO DO CAMPO - Políticas públicas de Boa Vista incentivam jovens agricultores ao crescimento e desenvolvimento rural
Nova geração garante a continuidade e inovação da agricultura familiar no município

Por Jaqueline Pontes
há 5 horas
Com papel fundamental na continuidade da produção agrícola e inovação do trabalho no campo, os jovens agricultores mantêm a sucessão na agricultura familiar. Diante da necessidade em garantir um futuro mais equilibrado, justo e produtivo nas lavouras, a Prefeitura de Boa Vista tem investido em políticas públicas de valorização do protagonismo de novas gerações que atuam na zona rural.
Representando um grande desafio, o êxodo rural reduz a força de trabalho no campo e ameaça a sucessão familiar nas propriedades do campo. Para evitar esse processo de migração, jovens produtores do município contam com o Plano Municipal de Desenvolvimento do Agronegócio (PMDA). Segundo o prefeito Arthur Henrique, a gestão incentiva as novas gerações para que encontrem no campo oportunidades de crescimento e futuro, fortalecendo a produção local.

“Temos investido mais no fortalecimento da agricultura entre os jovens, porque acreditamos que o futuro do campo está nas mãos da nova geração. Criamos condições para que permaneçam nas comunidades rurais, produzindo, inovando e melhorando a qualidade de vida das famílias. Com apoio técnico, acesso a insumos, maquinários e oportunidades de comercialização, mostramos que é possível crescer e prosperar no campo”, disse.
Cultivando o futuro
A falta de oportunidades, de acesso à tecnologia e de incentivos faz com que muitos jovens deixem o meio rural em busca de melhores condições de vida nos espaços urbanos. Entendendo esses desafios enfrentados, a prefeitura tem investido cada vez mais em tecnologia voltada para o campo, como drones agrícolas e maquinários. Kibson Araújo, de 23 anos, produz batata-doce na região do Truaru, zona rural de Boa Vista, após anos trabalhando na lavoura com os pais.

“Me formei como técnico agrícola, pois sempre trabalhei na agricultura com meus pais. Desde os meus 18 anos, eu sou atendido pelo PMDA e hoje, eu tenho a minha plantação, cultivando cerca de dez canteiros semanalmente. Já plantei maxixe, melancia, melão, macaxeira e abóbora, mas a batata-doce é o meu maior foco. Os incentivos da prefeitura facilitam muito. Hoje, se eu comprasse insumo direto da loja, eu não conseguiria produzir o tamanho da área que tenho aqui”, contou.
Elo entre pais e filhos
Os pais de Kibson Araújo começaram o cultivo da batata-doce após projeto de incentivo da Prefeitura de Boa Vist no Polo de Batata-doce. Aos poucos, transmitiram o ofício ao filho ainda na adolescência. Segundo Regirene Sousa Miranda, produtora há mais de 20 anos e mãe do jovem agricultor, a sucessão familiar ocorreu pela convivência dos filhos com o cultivo da terra, que com o passar dos anos, foram aprendendo o ofício dos pais e passaram a amar o campo.

“A gente veio para o sítio e consequentemente, os nossos filhos também. Eles sempre viram a gente trabalhando e acabaram gostando da vida por aqui e da lavoura. Hoje, a família inteira vive do cultivo da terra e com o incentivo da prefeitura a gente consegue plantar, replantar, aumentar a produção e comercializar. O nosso sustento é da agricultura, especificamente da batata-doce que a gente colhe e vende na cidade”, contou.
Semear desenvolvimento – A atual gestão investiu mais de R$ 75 milhões no setor agrícola, fortalecendo a economia local, gerando emprego e renda na capital roraimense. Os produtores atendidos pelo município contam com liberação de fertilizantes e sementes, assistência técnica especializada, máquinas agrícolas, fornecimento de sistemas de irrigação com energia fotovoltaica, dentre outros benefícios. Atualmente, o PMDA conta com 1.986 famílias atendidas.
