Roda de conversa no CRAS Centenário reúne servidoras para diálogo sobre violência doméstica
A ação faz parte dos 21 Dias de Ativismo Pelo Fim da Violência Contra Mulheres e Meninas
Por Ana Gabriela Gomes
há 3 horas - Última atualização há 2 horas
A Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social (SEMADS) em parceria com a Secretaria Municipal de Segurança e Ordem Pública (SEMOP), promoveu nesta sexta-feira, 28, uma roda de conversa com servidoras do CRAS Cristiana Vicente Nunes, no Centenário. A ação integra a programação dos 21 Dias de Ativismo Pelo Fim da Violência Contra Mulheres e Meninas.
O encontro proporcionou um espaço de esclarecimento, diálogo e acolhimento, onde as participantes puderam compartilhar experiências, reconhecer diferentes formas de violência e conhecer os serviços disponíveis na rede municipal de proteção, conforme destacou a coordenadora da Patrulha Maria da Penha, Jessyka Pereira.
“A ação fortalece o apoio às mulheres. E esses momentos são cruciais para que elas se sintam ouvidas e apoiadas. Aqui, estamos criando um espaço onde elas podem falar abertamente sobre suas experiências e encontrar a força para buscar ajuda”, explicou.
Atuação integrada da rede
A ação criou um ambiente seguro para as mulheres e também reforçou a atuação integrada da Assessoria de Políticas Públicas para a Mulher, instituída pela SEMADS em agosto deste ano. A roda de conversa já passou por outros dois CRAS: União e Nova Cidade.
“Com ações integradas, a gente amplia a efetividade das políticas públicas voltadas as mulheres. Essa é a terceira roda que promovemos e, até então, percebemos que esses encontros ajudam a direcionar as mulheres ao pedido de socorro, além de identificar suas vulnerabilidades”, disse Gabriela Cavalcante, responsável pela Assessoria.
Escuta que fortalece
Durante o encontro, as servidoras do CRAS também compartilharam percepções sobre a importância da iniciativa, como a facilitadora Luciana Cardoso. “Muitas coisas são esclarecidas num espaço como esse, porque a gente acha que não passa por alguns tipos de violência, mas passa sem saber. Violência não é só física e isso acontece em todas as esferas. A rede de apoio é essencial para que a mulher se sinta protegida e segura”, contou.
Para a assistente social Paloma Neves, a roda de conversa mostrou o impacto que o conhecimento e uma rede de segurança podem trazer para as mulheres. “Conhecer as formas de violência já é o início de tudo. E saber que podemos contar com a rede de apoio, que funciona sem revitimizar, é extremamente importante”, destacou.
BV Protege
Ao fim do encontro, a GCM Jessyka explicou às servidoras o funcionamento do BV Protege, um aplicativo lançado recentemente pela Prefeitura de Boa Vista, que oferece um sistema de resposta imediata via geolocalização, sem a necessidade de ligação telefônica, para atender as necessidades de mulheres vítimas de violência, que são atendidas pela equipe da Patrulha Maria da Penha.
A comunicação é silenciosa e evita a exposição em situações de risco. O aplicativo está disponível para Android e IOS. As equipes da Patrulha têm percorrido pontos da cidade, orientando e levando informações sobre o aplicativo para diversas mulheres.