Acolhimento, preparação para o mercado de trabalho, perspectiva de futuro melhor e novos conhecimentos. Isso e muito mais os 294 integrantes do Projeto Crescer tem à disposição. Contudo, em meio à emoção e ao amor, o Crescer abriu nesta semana as portas às famílias, criando memórias marcantes entre pais e filhos.
A atividade de integração familiar permitiu o estreitamento de vínculos familiares, com a visita dos pais ao Crescer. A iniciativa começou na Oficina de Artesanato e depois se espalhou por todo o projeto. Fátima Farias, conhecida carinhosamente como “Fatinha”, está há 10 anos como instrutora da oficina e conta que a ação proporcionou momentos cheios de emoção.
“Houve um momento que me marcou muito. Eu vi um dos integrantes e o seu familiar chorando. A mãe me contou que anteriormente nunca tinha dito ‘eu te amo’ para a filha. Foi a primeira vez que ela tinha dito. Então, foi um momento de perdão e gentileza que essa atividade gerou”, disse.
Pais e filhos
Um dos pais que foi conferir a rotina da filha do projeto foi Esmael Rodrigues. Ele é pai da jovem Camila Rodrigues, 17 anos, integrante da oficina de Design de Corte, Costura e Criações. Como pai, ele acha importante participar e conhecer os trabalhos feitos dentro do projeto. Além disso, Esmael elogiou a iniciativa e enfatizou os benefícios proporcionados pelo Crescer.
“Isso aqui chama-se desenvolvimento. Os jovens usam a criatividade e a imaginação para produzir trabalhos lindos. Alguns deles têm problemas familiares e no Crescer, eles podem deixar isso de lado assim que chegam às oficinas. Em conjunto com programa, os adolescentes podem achar soluções saudáveis”, disse
Para Camila, participar do projeto a ajudou no desenvolvimento de uma nova perspectiva de vida. Há quase dois anos como integrante, ela percebe a transformação de vida. Sua rotina mudou para melhor e a oficina lhe trouxe um novo mundo de conhecimento. Estar com o pai na atividade, segundo ela, é um momento único.
“Acho que é uma chance do meu pai saber o que eu faço. Ele conseguiu ver as nossas peças e a nossa arte. Pude compartilhar um momento ótimo entre pai e filha e também me aproximar ainda mais dele”, completou.
Katarine Bandeira é uma mãe que presenciou de perto a arte desenvolvida pelo filho, Ruan Kellve, e a dos seus colegas da oficina de Artesanato. E ela esbanjou orgulho em saber do integrante destaque que é o seu filho.
“Eu sou muito grata ao projeto. Na oficina, a criatividade dele evoluiu muito. Tanto que ele virou um destaque aqui dentro, encabeçando várias atividades. Além disso, hoje ele também trabalha em casa, algo que o projeto ajudou a proporcionar. Tenho muito orgulho dele”, disse.
Comunicação, criatividade e confiança foram os principais pontos que o projeto proporcionou a Ruan nesses dois anos que integra o Crescer. O jovem de 17 anos pretende seguir a carreira na moda com os conhecimentos passados na oficina. Segundo ele, ter a mãe próximo e prestigiando seu trabalho é um turbilhão de emoções.
“Eu estou muito alegre, pois ver minha mãe aqui me acompanhando nesses momentos é superdivertido. Percebo como ela está se sentindo bem orgulhosa de mim. Quando uma mãe se orgulha de um filho, nos sentimos alegre e emocionados. É um turbilhão de emoções”, disse.
PROJETO CRESCER - Os 294 integrantes estão divididos em 10 oficinas: Convivência; Esporte, cultura e lazer; Sinalização e Educação para o Trânsito; Inclusão Digital; Artefatos em Madeira e MDF; Design de Corte e Costura e Criações; Artesanato; Culinária e Panificação; Personalizados e Produtos Serigráficos e Oficina de Educação Ambiental e Compostagem.