BV JUNINA 25 ANOS - Julgadores e grupos juninos se reúnem em Congresso Técnico para discutir detalhes sobre tradicional concurso
O evento, que se estende até domingo, 1°, marca o início da contagem regressiva para a competição, que ocorre entre os dias 3 e 6 de junho, com a participação de 24 quadrilhas

Por Marcus Miranda
31/05/2025 - Última atualização 31/05/2025
Faltando poucos dias para o início oficial do Boa Vista Junina 2025, o clima de expectativa já toma conta dos bastidores do Maior Arraial da Amazônia. Neste sábado, 31, e domingo, 1º, a Prefeitura de Boa Vista promove o Congresso Técnico do Concurso de Quadrilhas Juninas, que ocorre das 8h às 12h e das 14h às 18h, na Sala Múltiplo Uso do Teatro Municipal.

O encontro reúne representantes dos 24 grupos que se apresentarão este ano – 12 do Grupo Especial e 12 do Grupo de Acesso – e os nove julgadores responsáveis por avaliar os espetáculos no tablado. No congresso, cada grupo tem 25 minutos para apresentar tema, figurinos, elementos coreográficos e musicais. O momento é também uma oportunidade para tirar dúvidas e alinhar interpretações sobre o regulamento do concurso.
Fortalecendo saberes e tradições
Para o diretor executivo do Concurso de Quadrilhas, Chiquinho Santos, o Congresso Técnico é uma etapa essencial da programação. “É um momento de preparação dos julgadores, que precisam conhecer a fundo o universo das quadrilhas juninas. Trazemos julgadores de fora, contribuindo com uma visão mais ampla e diversa, e também contamos com avaliadores locais, ligados à academia, que conhecem nossa realidade cultural. Isso garante um olhar técnico e sensível ao mesmo tempo”, destacou.

Ele também ressaltou a qualidade da estrutura e o simbolismo da edição comemorativa. “Estamos falando de 25 anos de Boa Vista Junina. Todas as quadrilhas querem brilhar e dar o seu melhor. O tablado deste ano tem mais de 700 metros quadrados e mais de cinco mil lugares na arquibancada. Além do entretenimento, o concurso movimenta a economia criativa. Cada real investido retorna para a cidade em forma de cultura, emprego e renda”, disse.

O julgador Marcos Roberto, de Aracaju, celebrou a experiência de participar do Boa Vista Junina pela primeira vez. “Sou quadrilheiro desde criança e hoje, como profissional de teatro, vejo nesse congresso um espaço fundamental de troca. Avaliar é também contribuir, reconhecer o trabalho e respeitar as narrativas locais. Estou honrado em fazer parte disso”, garantiu.
Vozes que constroem o arraial

Integrante da Quadrilha Sinhá Benta, do Grupo de Acesso, o animador Max Reis celebrou o espaço de diálogo com os profissionais que avaliarão o concurso. “A gente vem para apresentar o tema, falar da nossa proposta, que este ano destaca a força das matrizes africanas e a história dos quilombos. É uma oportunidade de mostrar nosso compromisso com a cultura e também levantar bandeiras importantes”, afirmou.

Quem também compartilhou sua empolgação foi Cristiane Cardoso, integrante da Quadrilha Coração de Estudante. “Estar no congresso é um misto de tensão e orgulho. Esse ano queremos emocionar com uma apresentação sobre conexões humanas. A tecnologia é importante, mas nada substitui o carinho, a solidariedade, a presença de verdade. Vamos mostrar que ainda vale a pena acreditar nas pessoas”, declarou.
Concurso consagra talentos e promove cultura
O Concurso de Quadrilhas Juninas é um dos momentos mais aguardados da programação do Boa Vista Junina. As apresentações se iniciam nesta terça-feira, 3, e seguem até sexta-feira, 6. A grande apuração ocorrerá no sábado, 7, e as quadrilhas campeãs se apresentam novamente no domingo, 8, encerrando o Maior Arraial da Amazônia com chave de ouro.
Este ano, além das tradicionais premiações para os destaques do concurso, como Rei Matuto, Rainha Caipira, Rainha da Diversidade e Casal de Noivos, com prêmios de R$ 6 mil cada, haverá também troféus técnicos para categorias como visagismo, cenografia e iluminação cênica. Todos os aspectos são avaliados com o rigor e a paixão que só o mundo junino é capaz de proporcionar.