Educação

BEM-TE-VI 2025 - Alunos da rede passam por consultas oftalmológicas e escolhem armações em nova etapa do projeto

Desde o lançamento, mais de 4 mil alunos da rede municipal já receberam óculos gratuitamente

Por Marcus Miranda

há 22 horas - Última atualização há 22 horas

Após encerrar a fase de triagem neste ano de 2025, o Projeto Bem-Te-Vi avança para a segunda etapa: as consultas oftalmológicas e a escolha da armação dos óculos pelas crianças da Rede Municipal de Ensino. A iniciativa, que leva atendimento especializado diretamente às escolas, também contempla as unidades do campo e indígenas, conforme cronograma da Secretaria Municipal de Educação e Cultura (SMEC).

Lançado em 2023, o Bem-Te-Vi tem mudado a realidade de milhares de alunos, oferecendo diagnóstico precoce de problemas de visão e acesso gratuito a óculos. Desde então, mais de 55 mil crianças já foram triadas, sendo mais de 5 mil somente em 2025. Nesta etapa, são atendidos dois públicos: alunos que ingressaram recentemente na rede e aqueles que já usam óculos e precisam renovar a receita. A expectativa é que pelo menos 70% dos alunos em renovação recebam novas lentes e armações.

O projeto tem transformado vidas, fazendo toda diferença não só na rotina escolar, mas no dia a dia dos alunos 

“Esse é um projeto transformador. A gente fala de educação com qualidade e isso passa pelo bem-estar das nossas crianças. Muitos alunos têm dificuldade na aprendizagem por não conseguirem enxergar direito. O Bem-Te-Vi resolve isso com um olhar humano, direto na escola, com tecnologia, cuidado e inclusão,” destacou o prefeito Arthur Henrique.

Tecnologia aliada ao diagnóstico preciso

A triagem deste ano, encerrada no dia 17 de junho, utilizou o Spot Vision Screener (Hillrom) — um equipamento moderno, portátil e não invasivo. Com uma luz colorida que chama a atenção das crianças, o escaneador avalia a dilatação da pupila e detecta alterações visuais em segundos. Em menos de uma hora, é possível examinar até 50 alunos.

O equipamento de alta tecnologia consegue detectar alterações na visão em poucos segundos, trazendo um diagnóstico preciso e detalhado

As consultas oftalmológicas ocorrem em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde (SEMSA), a Clínica Oculistas Associados e o médico oftalmologista Dr. Marcelo Batista. Logo após a consulta, a criança já escolhe a armação e, em até 30 dias, os óculos são entregues prontos para uso.

Mais saúde e autonomia na rotina escolar

Para Samuel Nascimento, pai da Isabelly, de 7 anos, aluna do 2º ano da Escola Municipal Ana Sandra Nascimento Queiroz, o projeto representa alívio no orçamento e um apoio fundamental.

“É um projeto muito bom, principalmente para quem tem a renda apertada", afirmou Samuel Nascimento, pai da Isabelly, de 7 anos, aluna do 2° ano

“É um projeto muito bom, principalmente para quem tem a renda apertada. A gente sabe que em uma consulta particular, as lentes e a armação são coisas muito caras. Então, receber isso aqui na escola, gratuitamente, é muito bom,” afirmou.

“A primeira vez que soubemos da necessidade foi aqui, pelo projeto”

Quem também reconhece a importância do projeto é Fausto Padilha, pai do Victor, de 9 anos, aluno do 3º ano da Escola Municipal Glemíria Gonzaga Andrade, que fez a renovação das lentes.

“Tem muita gente que não tem condições de comprar óculos. A primeira vez que soubemos da necessidade foi aqui, pelo projeto. Esse ano ele voltou para renovar a receita. Está tudo muito bem-organizado. A equipe está de parabéns. Isso muda a vida das crianças,” disse Fausto.

“Antes, eu sentia dor de cabeça e tinha dificuldade para ler", afirmou Victor, de 9 anos e estudante do 3° ano

O pequeno Victor também comemorou. “Antes, eu sentia dor de cabeça e tinha dificuldade para ler. Agora consigo enxergar bem. Escolhi óculos azul, minha cor preferida!”, enfatizou.

“A gente nem sabia que ela tinha problema de vista”

A aluna do 6° ano, Emilly Vitória, de 12 anos, teve que renovar as lentes 

Na mesma escola, a aluna Emilly Vitória, de 12 anos, aluna do 6° também recebeu novos óculos. Segundo o pai, Magno Gomes, o projeto foi essencial para identificar o problema de visão da filha. “A gente nem sabia que ela tinha problema de vista. Foi o projeto que ajudou a descobrir. Agora ela está enxergando bem, estudando melhor, sem dificuldade. A prefeitura está de parabéns,” relatou.

“Antes eu pedia ajuda das minhas amigas para enxergar o que estava no quadro", afirmou Emilly

Emilly lembrou com clareza da mudança. “Antes eu pedia ajuda das minhas amigas para enxergar o que estava no quadro. Depois dos óculos, não precisei mais. Agora consigo me sentar em qualquer lugar da sala e ver tudo direitinho. Eu gostei muito de usar óculos. E achei muito legal a prefeitura trazer isso para a escola”, contou.