Patrulha Maria da Penha participa de curso nacional sobre atendimento a mulheres em situação de violência

A Patrulha Maria da Penha (PMP) de Boa Vista está participando da 33ª edição do Curso Nacional de Atendimento à Mulher em Situação de Violência, promovido pela Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp), vinculada ao Ministério da Justiça. A capacitação reuniu 40 profissionais da segurança pública do Estado, incluindo guardas municipais.

O curso teve início na segunda-feira, 7, e será encerrado nesta sexta-feira, 11. A formação tem como foco o aprimoramento do atendimento às mulheres vítimas de violência doméstica e o fortalecimento da rede de proteção, que envolve diferentes instituições e esferas de governo.

A coordenadora da Patrulha Maria da Penha, Jessyka Pereira, apresentou a estrutura e as ações desenvolvidas pela Prefeitura de Boa Vista por meio da PMP e os resultados alcançados com o trabalho de acompanhamento às vítimas. O objetivo, segundo ela, é fortalecer a rede de proteção às mulheres.

“Desde 2015, mais de 15 mil mulheres foram atendidas por nós. Somente em 2024, a equipe atuou em 371 casos de descumprimento de medidas protetivas. Esses dados são encaminhados ao Tribunal de Justiça, o que possibilita a decretação de prisões, quando necessário”, explicou Jessyka.

Para se ter uma ideia, até junho deste ano, o grupamento acompanhou 1.190 medidas protetivas e registrou 229 descumprimentos. “São números altos, mas representam a efetividade do nosso trabalho e o compromisso com a vida das mulheres em Boa Vista”, completou.

A Patrulha Maria da Penha de Boa Vista foi criada em 2015 e é composta por 23 guardas municipais que fiscalizam o cumprimento de medidas protetivas tanto na área urbana quanto na zona rural, incluindo comunidades indígenas. Para Ivonei Morais, a participação no curso representa uma oportunidade de troca de experiências.

“Foram cinco dias de muito aprendizado. Nós estamos no caminho certo, ajudando cada vítima de violência doméstica atendida pela Guarda Municipal. Juntos, fortalecemos a rede de proteção, garantindo que nenhuma mulher fique desamparada ao solicitar nosso apoio em Roraima”, afirmou.