Educação

MACUNAIMANDO - Escola Cunhatã Curumim lança projeto que valoriza saberes indígenas e literatura roraimense

Na abertura ocorrida nesta sexta-feira, 8, o destaque foi a contação de histórias da escritora, poeta e professora Sony Ferseck

Por Ráyra Fernandes

08/08/2025 - Última atualização 08/08/2025

Nesta sexta-feira, 8, a Escola Municipal Cunhatã Curumim, no bairro Buritis, lançou o projeto “Macunaimando na Educação Infantil: A Árvore do Conhecimento através dos Saberes Tradicionais e da Literatura Roraimense”, em alusão ao Dia Internacional dos Povos Indígenas, comemorado no dia 9 de agosto.

“A escola é de origem indígena. Essa temática está prevista no currículo. Nós temos muitas crianças indígenas e o projeto surgiu, justamente para que possamos explorar e valorizar as diferentes etnias com os pequenos”, disse a gestora Rosângela dos Prazeres, ao ressaltar a importância de inserir a literatura indígena nas salas de aula desde a infância.

 

Rosângela dos Prazeres, gestora da escola municipal Cunhatã Curumim

 

No evento de lançamento, o destaque foi a contação de histórias da escritora, poeta e professora, Sony Ferseck. Em um momento de aprendizado, ela apresentou seu primeiro livro infantil, "Susui”. A obra explora a importância da macaxeira na vida e na cultura dos povos indígenas, com foco no afeto e nos saberes ancestrais. 

“Susui é uma homenagem às avós, às mulheres indígenas e à ‘Vovó Macaxeira’, que sempre está presente no nosso dia a dia, seja no alimento, na bebida e, muitas vezes, a gente nem percebe. A ideia é fazer com que as crianças reconheçam a importância dessas figuras: as avós e a macaxeira, que alimenta não só o corpo, mas também o coração, a cultura e essa nova geração”, explicou.

 

Susui é o primeiro livro infantil da escritora, poeta e professora, Sony Ferseck

 

Antônio Lima, de 4 anos, estava ansioso pelo momento e, após conhecer o trabalho da escritora, o resultado não poderia ser outro. “Eu gostei muito da história da tia. Lembrei da minha avó, que mora em Pacaraima. Ela faz comidinha para mim”, contou. 

 

Antônio Lima, de 4 anos ficou encantado com a história apresentada

 

Oficinas que celebram o corpo, a cor e o jogo como formas de saber

Durante a tarde, o aprendizado ganhará novas formas com tintas, dança, grafismos e jogos. Acadêmicos do curso de Licenciatura Intercultural da (UFRR), integrantes do PIBID Equidade, farão oficinas que encantam e ensinaram ao mesmo tempo.

 

Os alunos serão convidados a escreverem, ouvirem, pintarem e sentirem a cultura popular

 

O encerramento ficará por conta da Roda de Prosa, com Paulo Tadheu, jornalista, escritor, professor e produtor cultural. Os alunos serão convidados a escreverem, ouvirem, pintarem e sentirem a cultura popular.