Educação

FEIRA DE CIÊNCIAS - Evento incentiva protagonismo de alunos da rede municipal e debate mudanças climáticas

A Feira de Iniciação Científica segue até quinta-feira, 4 e conta com a participação de 185 projetos que conectam ciência, cultura e sustentabilidade

Por Ráyra Fernandes

há 23 horas - Última atualização há 23 horas

Com o tema “Cultura Oceânica: a cultura oceânica para enfrentar as mudanças climáticas”, a Prefeitura de Boa Vista promove esta semana, a 5ª Feira de Iniciação Científica, na Escola Municipal Newton Tavares, no bairro Calungá. O evento ocorre até quinta-feira, 4, durante a manhã e tarde.

Em consonância com a 22ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia e com a Década do Oceano da ONU (2021-2030), alunos e professores inscreveram 185 projetos nesta edição. A proposta é incentivar a pesquisa científica e a investigação por meio da ciência e tecnologia nas escolas públicas do município.

 

Meire Jane Gomes, secretária-adjunta de Educação e Cultura

 

“As crianças puderam pesquisar, aprender e internalizar o conhecimento por meio da experiência. Cada unidade escolar tem representatividade aqui. Tivemos a primeira etapa nas escolas e agora vemos uma amostra desses projetos sendo compartilhada com toda a comunidade”, destacou a secretária-adjunta de Educação e Cultura, Meire Jane Gomes.

A feira visa desenvolver o senso crítico, a criatividade e o trabalho em equipe dos alunos, além de viabilizar aprendizagens da BNCC (Base Nacional Curricular Comum).

 

Alunos criaram projeto sobre reaproveitamento de alimentos, dentre eles, a casca da banana 

 

Os trabalhos se alinham ao tema e incluem:

Ciência e Natureza: Fauna e flora aquáticas, recursos hídricos e minerais, clima, desmatamento e queimadas

Ciência e Sociedade e Cultura: Arte, história, culinária, geografia, religião, transformações sociais e interculturalidade

Ciência, Saúde e Bem-Estar: Alimentação, produtos medicinais, lazer e inclusão

Ciência, Tecnologia e Inovação: Robótica, criação/construção e matemática

 

Apresentação do julgamento da sacola plástica, feita por alunos da Escola Municipal Maria Teresa Maciel da Silveira Melo, impressionou o público

 

Preservar e viver em harmonia com a natureza

Na Década do Oceano, enfrentamos intensas mudanças climáticas e, para mudar o mundo é preciso mudar a cultura. Isso significa ensinar, desde a educação infantil, a importância de preservar e viver em harmonia com a natureza. Foi isso que os alunos da escola Municipal Indígena Vovó Terezinha da Silva aprenderam.

O resultado está na exposição do projeto: Oceano Encantado – Histórias, animais e saberes. O objetivo é despertar o interesse das crianças pelo universo marinho, conhecendo a diversidade de animais do oceano e seus habitantes.

 

Alunos da Escola Municipal Indígena Vovó Terezinha da Silva, representando a Comunidade Bom Jesus

 

Beatriz Alves, de 5 anos, foi uma das pequenas estrelas da feira. "A gente trouxe esse material que fizemos com as mãos", contou. Entre os elementos do trabalho estavam animais marinhos modelados com massinha, jacaré, estrela do mar, arraia, tartaruga, peixe-espada, caranguejo e até pedrinhas coladas cuidadosamente para compor o cenário.

O conceito de cultura oceânica é fundamental para que todas as pessoas e instituições reconheçam o papel do oceano na vida humana e a influência de nossas ações. Com muita desenvoltura, Lívia Raquel Pereira Cruz, aluna do 5º ano C, contou o que sua turma da Escola Municipal Francisco Bríglia preparou para apresentar no evento.

 

Alunas do 5º ano C, da Escola Municipal Francisco Bríglia

 

“Nosso tema é: Saberes tradicionais e a cultura oceânica, e o que os povos indígenas nos ensinam sobre as águas. Nós pesquisamos, desenhamos, ouvimos e compartilhamos, histórias que mostram como os povos indígenas se relacionam com a água, explorando, para isso, os conceitos de cultura oceânica, ouvindo relatos, fazendo atividades artísticas e refletindo sobre o uso consciente desse recurso natural”, explicou.

Para a professora Rejane Pereira Alves, essa vivência foi enriquecida. “Também abordamos como comunidades ribeirinhas vêm tratando e cuidando da água ao longo do tempo. Convidamos ainda uma pessoa muito especial, a Sabrina Yoli, que é de uma comunidade indígena, e fez um trabalho incrível na escola. Reunimos todas as turmas para uma ação de conscientização e agora estamos aqui”, contou.

Avaliação dos alunos

 

Evento ocorre até quinta-feira, 4, durante a manhã e tarde

Uma comissão que atribuirá notas de zero a cinco em diversos critérios, como relevância social e ambiental, criatividade, clareza na apresentação e protagonismo dos alunos. Todos os participantes da 1ª e 2ª fase receberão certificados digitais.

Os três primeiros colocados de cada categoria na 2ª fase receberão troféus, certificados e medalhas. A equipe com a maior pontuação na Fase Final poderá ser credenciada para um evento científico regional ou nacional

As avaliações serão feitas por categorias:

Neste edição, 185 projetos foram inscritos 

Creche: 22 inscrições

Educação Infantil Pré-Escola: 42 inscritos

Ensino Fundamental Anos Iniciais - Regular - 1º e 2º Ano: 44 inscritos

Ensino Fundamental Anos Iniciais - Regular - 3º ao 5º Ano: 39 inscritos

Ensino Fundamental Anos Finais - Regular - 6º e 7º Ano: 3 inscritos

Educação do Campo e Indígena - Pré-Escola: 12 inscritos

Educação do Campo e Indígena - Ensino Fundamental: 17 inscritos

Ensino Fundamental - Educação de Jovens e Adultos (EJA): 6 inscritos