Assistência Social

MAIS QUE OLHAR, SENTIR - Integrantes do Projeto Conviver experimentam o pulsar da Amazônia em exposição no CAF

Os participantes interagiram com obras que reproduzem a textura do solo, a sinfonia e a complexidade da floresta

Por Lucas Aires

há 3 horas

Em uma experiência que uniu arte, ciência e emoção, os integrantes do projeto Conviver, atendidos no Centro de Referência e Assistência Social (CRAS) Cauamé, visitaram nesta quarta-feira, 10, a exposição AMA(R)ZÔNIA. Os 24 participantes tocaram em argila, ouviram o canto dos pássaros, observaram a riqueza dos insetos e se conectaram com o relevo e os rios, em uma imersão que vai além do olhar. 

 

Os integrantes interagiram com maquete topográfica modelável
Apresentação de folhas e flores em resina transparente

 

Inaé Alves, educadora social do Conviver, não escondeu a satisfação de ver seus integrantes maravilhados com a exposição, disponível no Centro Amazônico de Fronteiras (CAF), na Universidade Federal de Roraima (UFRR). Para ela, o brilho nos olhos das crianças evidencia a importância de sair e interagir com os colegas.

 

"É uma recompensa imensurável ver o sorriso de cada uma delas", destaca Inaé

 

“É fundamental proporcionar isso para as crianças. Todas ficaram encantadas e gostaram muito. Sabemos que a maioria está em situação de vulnerabilidade ou nunca saiu de casa para ter experiências como essa. É uma recompensa imensurável ver o sorriso de cada uma delas”, relatou. 

Primeira vez em uma exposição artística

 

"Gostei de mexer na areia que imita uma montanha e a forma brilhante dela é muito legal", disse Paulo

 

Paulo Henrique, de 11 anos, integrante do projeto Conviver desde abril de 2025, viveu sua primeira experiência na exposição com os olhos atentos de um pequeno artista. Para ele, a magia não estava apenas no todo, mas nos mínimos detalhes que tornam a Amazônia um lugar de infinita descoberta.

“Eu achei muito legal aqueles insetos pendurados com resina. Gostei de mexer na areia que imita uma montanha e a forma brilhante dela é muito legal. Vi umas caixas com fotos de animais que acende quando é pressionada. Também escutei os sons dos pássaros e de várias espécies, passando o dedo na tela”, contou. 

 

"O que me chamou atenção foram os desenhos indígenas, pintados com argila", conta Elita

 

No Conviver desde maio deste ano, a integrante Elita Emanuelly, de 8 anos, já demonstra que a mensagem de amor pela natureza foi captada em sua totalidade. Para ela, a exposição foi uma grande aventura. “É minha primeira vez aqui e o que me chamou atenção foram os desenhos indígenas, pintados com argila. Também gostei muito de ouvir os pássaros no fone de ouvido e do barco geleiro”, explicou.

*Supervisionado por Shirleia Rios*