MORMAÇO 2025 - Sucesso de público, “Cordel do Amor sem Fim” emociona 4ª noite de espetáculos no Teatro Municipal
Na área externa, a música ficou por conta da banda Prettybasic
.jpg)
Por Ráyra Fernandes
há 2 horas
A programação do Mormaço Cultural chegou à sua 4ª noite no Teatro Municipal de Boa Vista, nesta terça-feira, 16. A Cia Criart Teatral apresentou o espetáculo "Cordel do Amor sem Fim" na sala Roraimeira, que ficou novamente lotada por amantes das artes. Além de divertir e render boas reflexões sobre a vida, a peça também homenageou o artista Anderson Nascimento, que morreu em dezembro de 2024.
Com texto de Cláudia Barral, “Cordel do Amor sem Fim” aborda o cotidiano de três irmãs que vivem à margem do rio São Francisco e destaca temas como solidão, esperança, tempo, paixão, dor, destino, acaso, a força feminina e a eterna busca pelo amor e pela felicidade.
O espetáculo tem uma identidade amazônica. O rio São Francisco, por exemplo, é ressignificado e se transforma nos grandes rios da Amazônia. A cidade ribeirinha de Carinhanha remete as comunidades às margens do Rio Branco, criando uma conexão com a paisagem e a cultura local.

A trama se desenrola em função dessa espera e de um acontecimento fantástico, que contagia a todos e os fazem viver na expectativa de que algo mude em suas vidas. Para a atriz e produtora do espetáculo, Kaline Barroso, estar no Mormaço Cultural 2025 com esse trabalho celebra a cultura regional e o teatro de Roraima.
“O nosso teatro cresce a cada dia e que não deixa nada a desejar ao que se faz no restante do país. Ficamos emocionados com a presença do público que veio prestigiar o espetáculo. A gente percebe que durante a apresentação as pessoas se reconhecem nas personagens, nas dores e nas escolhas que elas fazem”, explicou a artista.
Homenagem ao artista Anderson Nascimento

Essa foi a primeira apresentação do "Cordel do Amor sem Fim" do grupo sem o ator Anderson Nascimento, que faleceu no ano passado. A presença dele, no entanto, segue viva em cada cena. A chegada de Felipe Gomes ao elenco marca um novo momento para o Criart Teatral. “Seguimos certos de que a arte é lugar de reencontro e resistência", finalizou Kaline.
Área externa do teatro segue agitada

Com uma apresentação energética, embalada por covers de clássicos do rock e músicas autorais como "Limbo", a banda roraimense Pretty Basic estreou nesta terça-feira, 16, no Mormaço Cultural 2025. A apresentação ocorreu na área externa do Teatro Municipal de Boa Vista.
O grupo roraimense criado em 2022 tem quatro integrantes: Fabian Negreiros (vocal e guitarra), Bruno Salazar (guitarra), Afonso Godinho (bateria) e Alexsandro Araújo (baixo). “Demos o nosso melhor. Acreditamos que conseguimos entregar um show que agradou quem veio assistir a gente hoje”, afirmou Bruno Salazar.
Uma noite de nostalgia para os boa-vistenses e fãs que prestigiaram a banda. Assim definiu o servidor público Arthur Carvalho, de 36 anos, que levou a filha Ana Carvalho, de 5 anos, para curtir o show. “É rock and roll puro! Rock na veia! A banda, que já está na cena há um tempo, arrasa muito e a gente sempre acompanha as apresentações”, contou.

Exibição de Curtas
Antes do espetáculo, na sala Roraimeira, ocorreu exibição de filmes curta-metragem, dentre eles, “Guariba Guaribú”, com direção de Luiz Cláudio Duarte e “O Chocalheiro”, dirigido por Vanessa Brandão. Quem chegou cedo conseguiu prestigiar as produções locais da 7ª arte.
Valorização dos artistas locais

Yara Rosas, de 20 anos, estudante, esteve no Teatro Municipal prestigiando as apresentações. Para ela, é essencial que artistas locais sejam sempre valorizados. “Acho incrível ver tanta gente aqui. Esse tipo de iniciativa ajuda a divulgar e fortalecer o trabalho feito em Roraima. É muito importante que o município incentive e o público apoie o que é nosso”, afirmou.
Lara Huley, atriz e artista plástica, de Fortaleza (CE) já interpretou uma das personagens do espetáculo “Cordel do Amor sem Fim”, mas foi surpreendida positivamente com a produção local. “Gostei demais! É um texto com uma alma muito nordestina, né? Ver ele transformado com a identidade do Norte foi uma mistura muito interessante. A gente tem linguagens parecidas, mas que podem ser traduzidas de formas completamente diferentes e eles fizeram isso muito bem”, parabenizou.
