Povos Indígenas

MORO-MORÍ - Projeto de piscicultura avança e chega à comunidade indígena São Marcos

Os tanques possuem tamanho de 150x20m e serão povoados nos próximos dias, após desinfecção e controle do PH da água

Por Jaqueline Pontes

há 4 horas

Com ações que garantem mais qualidade e segurança alimentar, além de gerar emprego e renda nas comunidades indígenas de Boa Vista, a prefeitura tem atuado diretamente no incentivo à piscicultura, com o projeto Moro-Morí. Em nova etapa da atividade aquícola, o tanque da comunidade São Marcos, localizada na região Baixo São Marcos passa por processo de tratamento da água.

 

Atividade aquícola está sendo inserida na comunidade

 

O processo de limpeza prepara o ambiente para novos ciclos de cultivo de peixes, evitando doenças e promovendo um manejo mais eficiente, sustentável e produtivo para os piscicultores. De acordo com o secretário de Agricultura e Assuntos Indígenas, Cezar Riva, o apoio da prefeitura ao Moro-Morí nas comunidades indígenas representa mais do que um incentivo à produção.

 

Limpeza de tanque tem ocorrido na comunidade

 

“É uma ação de valorização cultural, geração de renda e sustentabilidade. Oferecemos suporte técnico, escavação do tanque, equipamentos, alevinos, rações e acompanhamento constante e capacitação para que os piscicultores indígenas possam desenvolver uma atividade produtiva, fortalecendo a economia local de forma sustentável, em cada comunidade atendida pelo município”, disse.

 

Processo equilibra PH da água

 

Durante todo processo de implantação e desenvolvimento da piscicultura nas comunidades indígenas, técnicos da Secretaria Municipal de Agricultura e Assuntos Indígenas apoiam os produtores com assistência técnica especializada. Segundo o Tuxaua da São Marcos, Cleidson Pereira, seis famílias da comunidade estão envolvidas diretamente no projeto, liderando as atividades.

 

Famílias lideram projeto na comunidade

 

“Nossa comunidade está muito feliz com o início dos trabalhos voltados para a criação de peixe. Procuramos envolver toda a comunidade, inclusive as crianças para que elas possam dar seguimento a esse projeto e seja difundido cada vez mais na região. Sem o apoio da Prefeitura de Boa Vista, a gente não conseguiria implantar essa atividade, já que o investimento inicial é bem alto”, contou.

 

Famílias passam por capacitação técnica

 

Capacitação das famílias

Famílias responsáveis pelo gerenciamento do projeto nas comunidades indígenas participam de curso sobre técnicas de manejo da piscicultura, voltados para a parte teórica e prática. Durante a capacitação, os piscicultores recebem treinamento para a preparação dos tanques, cuidados com a qualidade da água e controle de doenças, da alimentação dos alevinos, o acompanhamento biométrico (medição e pesagem) mensal até o momento da despesca.

 

Os tanques possuem tamanho de 150x20m

 

Hoje, 14 comunidades indígenas contam com a iniciativa em andamento e mais três serão beneficiadas até o fim do ano. Até o momento, cinco já fizeram a despesca: Serra da Moça, Darora, Campo Alegre, Vista Alegre e Ilha. No processo, os produtores retiraram cerca de 11 toneladas de peixes dos tanques. Parte da produção é consumida na comunidade e a outra parcela é destinada à comercialização.

 

Hoje, 14 comunidades indígenas contam com a iniciativa em andamento